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Pesquisa aponta rejeição a privatizações e reforma da previdência até no eleitorado de Bolsonaro
Lucas Barreto
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Uma pesquisa feita pelo BGT pactual/FSB comprovou o que já vinhamos analisando, a distorção entre a enorme votação de Bolsonaro e a efetiva aprovação de seu plano de governo ultraneoliberal.

Quando perguntados sobre a reforma da previdência - a proposta por Temer, com redução da idade para 65 anos - 79% dos eleitores se declarou contrária. E mesmo dentro do eleitorado de Bolsonaro a porcentagem se manteve bem próxima dessa enorme rejeição: 72% - no eleitorado de Haddad saltava para 87%.

Da mesma forma em outras questões se pode perceber essa contradição entre seu eleitorado e pautas defendidas por ele. Em relação a privatização 61% do geral dos entrevistados são contrários, dentre os eleitores de Bolsonaro existe um profundo racha (49% são contrários), mesmo sua chapa prometendo a entrega ampla e generalizada de todas as estatais possíveis.

Também, em menor grau, em relação a reforma trabalhista - 42% dos eleitores gerais são contra - e é notável que até mesmo dentro do eleitorado bolsonarista a persistência de uma ampla faixa que deseja a revogação de suas alterações - 34% - enquanto o candidato só discursa pregando o fim dos direitos trabalhistas.

Isso mostra que os trabalhadores, ainda de que forma passiva, rejeitam esses ataques, pois viram que depois do golpe a condição de vida, principalmente para os mais pobres, para os negros, as LGBTT´s, as mulheres pioraram muito, no governo Temer. Bolsonaro vem para aplicar, com violência, as reformas que o governo golpista de Temer não conseguiu, o candidato de extrema direita quer aprofundar os ataques para que os trabalhadores paguem pela crise que seus amigos empresários criaram.

Para maioria das pessoas Bolsonaro aparece como uma figura nova, antissistema, que tem um discurso radical contra a corrupção, e que tenta persuadir a maioria dos trabalhadores que ficaram decepcionados com os rumos da política durante os governos do PT , que abriu espaço para direita justamente por conciliar interesses da burguesia em seus governos, fazendo assim com que pessoas como Bolsonaro, hoje apareçam como ‘novo’. Bolsonaro que também é fruto do golpismo e da lava-jato que busca cumprir o plano do golpe que é fazer com que os trabalhadores, o povo pobre, a juventude pague pela crise capitalista.

Nesse momento é necessário que a CUT e CTB, centrais sindicais dirigidas pelo PT e PCdoB respectivamente, impulsionem comitês de luta na base de todos os locais de trabalho, a UNE também dirigida por esses dois partidos deve romper com a paralisia e impulsionar comitês em todos os locais de estudo do Brasil, assim podemos organizar os trabalhadores e a juventude para combater a extrema direita reacionária, o golpismo e as reformas, mostrando a força que temos contra todo esse retrocesso em direitos que Bolsonaro e sua corja querem aplicar.

 
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