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BONAPARTISMO E ULTRANEOLIBERALISMO
Paulo Guedes, reforma da previdência e o legado da ditadura ultraneoliberal de Pinochet
Yuri Capadócia
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Uma das evidências de que Bolsonaro representa a continuação selvagem do governo Temer, está no fato de que um dos eixos centrais da candidatura de Bolsonaro é assegurar a implementação de uma reforma da previdência ainda mais brutal do que a proposta pelo atual presidente ilegítimo.

A proposta de reforma da previdência de Bolsonaro, ou melhor de seu guru econômico, o ultraneoliberal Paulo Guedes, consiste na substituição do atual modelo de repartição - em que a previdência é financiada por todos - por um modelo de capitalização - em que cada indivíduo é responsável por sua poupança.

A inspiração para esse modelo de capitalização tem como espelho a experiência da privatização da previdência no Chile, que no período da violenta ditadura de Pinochet implementou uma série de reformas ultraneoliberais se apoiando na repressão aos trabalhadores garantida pelo ditador. Passada décadas da implementação do modelo, a comprovação de sua brutalidade se mostra atualmente, com amplos setores chegando no período de sua aposentadoria sem ter garantido nenhum ou um mísero rendimento (40% em média do salário mínimo chileno) insuficiente para garantirem sua subsistência, resultando até no suicídio de milhares de idosos.

Os idealizadores dessa e de outras brutais medidas eram em sua maioria provenientes da Universidade de Chicago e foram convidados pelo próprio ditador, que abriu as portas para transformar o país num verdadeiro laboratório para os economistas neoliberais. Entre os ’Chicago Boys’ estava Paulo Guedes, que no período da ditadura chilena atuou como professor universitário no país, sendo que as universidades estavam sob intervenção militar. Paulo Guedes pode vivenciar no período a experiência que pretende replicar agora no possível governo Bolsonaro, o apoio em um governo autoritário para aplicação de um conjunto de ataques duros a classe trabalhadora.

Várias outros são os exemplos de ataques em que Paulo Guedes se inspira na diadura chilena, como: a ampla privatização e entrega das estatais, incluindo o sistema de ensino superior.

A vivência de Paulo Guedes com a ditadura chilena é simbólica do tipo de governo que juntamente com Bolsonaro querem realizar, se apoiando na repressão e no autoritarismo dos militares, para garantir acima de tudo severas reformas contra a classe trabalhadora. Se Bolsonaro representa a herança do autoritarismo da ditadura militar brasileira, seu guru econômico representa a reivindicação do brutal legado, ainda em nefasta ação sob o país latino americano, da agenda econômica ultraneoliberal da ditadura de Pinochet.

 
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