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PROFESSORES MUNICIPAIS SP
Os professores que derrotaram Dória devem ser linha de frente contra Bolsonaro
Grazi Rodrigues
Professora da rede municipal de São Paulo
Sergio Araujo
Professor da rede municipal de São Paulo e integrante do Movimento Nossa Classe Educação

Nesse momento tão polarizado do país, onde pode se eleger presidente Jair Bolsonaro que representa o que há de mais reacionário na política, inimigo declarado das mulheres, dos negros, lgbts e do povo pobre, precisamos resgatar a força das professoras que este ano derrotaram o SAMPAPREV de Dória, organizando desde o SINPEEM Comitês de Base em cada região, onde as dezenas de milhares de trabalhadores da educação e as comunidades escolares possam fazer frente à Bolsonaro, o golpismo e as reformas, pela ameaça que ele representa à educação, às mulheres que são maioria da nossa categoria, ao funcionalismo público e a classe trabalhadora de conjunto.

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Os professores municipais de São Paulo que em março deste ano derrotaram o SAMPAPREV, a Reforma da Previdência municipal de João Dória, agora podem ser parte da resistência da nossa classe contra tudo que representa a candidatura de Jair Bolsonaro do PSL à presidência da república: a continuidade do governo de Temer com ainda mais autoritarismo para nos enfiar goela à baixo reformas como a da Previdência que nós municipais derrotamos em uma forte greve que tinha o rosto das mulheres que são maioria da nossa categoria, cerceando a liberdade de pensamento em nossas escola e os já parcos direitos dos setores oprimidos, além de atacar profundamente a classe trabalhadora e o funcionalismo público, como seu vice, General Mourão declarou publicamente.

Bolsonaro que quase saiu vencedor já no primeiro turno das eleições, escancarando a polarização social e o fortalecimento da extrema-direita, é produto do Golpe Institucional de 2016 que se deu pela errônea estratégia de conciliação de classes do PT, que ao governar com a burguesia, fortaleceu a direita e o ódio que derrubou Dilma e agora o alimenta. Bolsonaro quer se mostrar para burguesia como a melhor figura para resolver a crise pela qual o país passa e desde já deixou claro que fará isso jogando as contas dessa crise em nossas costas. Seu discurso de ódio contra os povos Quilombolas e os indígenas, seu caráter homofóbico, racista e machista, além de sua constante apologia a tortura e a violência, significam uma ameaça primeiro à democracia e em segundo plano à nossa própria existência pois não param os ataques de ódio incentivados pelo seu discurso. Assim como seu programa econômico também não é isento de ameaças aos direitos trabalhistas que conquistamos em anos de luta enquanto classe e na nossa categoria, querem atacar nossa estabilidade dos servidores públicos, o 13º salário e o direito à aposentadoria.

Exatamente por isso acompanhamos a vontade do povo, das mulheres, dos negros e lgbts de lutarem contra Bolsonaro votando em Haddad agora no segundo turno das eleições, sendo parte de uma força que pode derrotá-lo nas urnas. No entanto, fazemos isso sem partilhar do projeto político do PT e de sua estratégia eleitoreira e de conciliação de classes que tem se mostrado ineficaz contra o golpismo e a extrema-direita.

Nós professores podemos ser linha de frente da luta contra Bolsonaro, os golpistas e as Reformas, mas para isso precisamos botar novamente nosso bloco nas ruas!

E para isso, no 29º Congresso do SINPEEM, precisamos não somente pautar formalmente conjuntura nacional como sempre propõe a direção de Claudio Fonseca, mas sim aprovar a construção de Comitês de base contra Bolsonaro, o golpismo e as Reformas, organizados por região e impulsionados pelo sindicato e também pelas centrais sindicais, a CUT e a CTB que podem levar essa política para outras categorias. Comitês que unifiquem as fileiras da nossa classe e reúnam regionalmente professores, trabalhadores da educação, a comunidade escolar e também nosso colegas da rede estadual e da particular. Essa é a única forma de enfrentarmos os ataques que Bolsonaro vai aprofundar e aprovar com os piores métodos possíveis e não tenhamos dúvidas, atacando nossa organização desde os sindicatos.

A hora é agora e para vencer não podemos aceitar que Claudio Fonseca, vereador do PPS, que na direção do sindicato segue sem dizer uma palavra à respeito do que acontece no país, sirva de freio para nossa luta. Especialmente pela sua estreita relação com o golpismo, já que seu partido foi base-aliada de Dória na Câmara dos Vereadores e apoiou Alckmin, também do PSDB, para presidência, golpistas que sabemos que são inimigos da educação e apoiadores da Reforma Trabalhista, da Lei da Terceirização irrestrita, da Escola sem Partido e da Reforma da Previdência, que o próprio PT em suas campanhas não tem coragem de dizer que vai revogar.

Chamamos todos os mais de 100.000 professores e trabalhadores da educação que fazem parte da nossa categoria a construírem essa proposta e essa força capaz de derrotar de Bolsonaro e a extrema-direita, que só cairão pelas mãos da classe trabalhadora e dos setores oprimidos organizados em combate, vingando a morte do capoeirista mestre Moa, dos professores atacados e de todas as vítimas do ódio que Bolsonaro prega.

 
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