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CEOCRACIA
Bolsonaro monta time de empresários milionários para atacar os trabalhadores
Taciana Garcia

A equipe do reacionário Bolsonaro já está reunindo apoio do setor privado para levar executivos ao governo. Só isso já escancara para quem Bolsonaro quer governar, mas pra além disso demonstra muito bem que o programa do candidato à presidência não tem interesse algum nos trabalhadores e setores oprimidos.

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Dentre esses empresários já estão amigos do escravista Paulo Guedes, o economista escolhido por Bolsonaro para continuar com os cortes e as reformas iniciadas pelo governo golpista de Michel Temer.

A lista de empresários é composta por Alexandre Bettamio, presidente executivo para a América Latina do Bank Of America, João Cox presidente do conselho de administração da TIM, e Sergio Eraldo de Salles Pinto, da Bozanno Investimentos (gestora de investimentos presidida por Guedes). Toda uma nova cúpula se forma, reconfirmando um sistema de acordos entre os de cima para garantirem seus privilégios às custas dos direitos dos trabalhadores. Lembremos o que Bolsonaro declarou em Debate na Rede Band em 09/08/2018: “Os empresários tem dito pra mim, que o trabalhador vai ter que decidir um dia menos direitos e emprego ou todos os direitos e desemprego”. Um escravista miserável. Provas suficientes de para quem Bolsonaro pretende governar: para os grandes capitalistas e o capital financeiro estrangeiro, arrancando até a última gota de suor dos trabalhadores e todos os direitos trabalhistas.

O programa está não só de ouvidos abertos para os empresários mas de portas abertas para que eles estejam dentro do governo tomando as decisões, que sempre vão defender seus privilégios contra os direitos básicos da maioria da população.

Trecho do Debate na Band:

Não à toa o candidato vem angariando apoio da classe empresarial, que inclusive chantageia seus funcionários a declarar voto nele ou a opção são as demissões, como já foi o caso de Luciano Hang da Havan. À maneira de Macri, que transformou seu governo em uma verdadeira CEOcracia, recheando o governo com seus pares empresários , para gerir o Estado da maneira deles e descarregar os ajustes sob a população, com o retorno do FMI e a persistência de uma grave crise na Argentina.

Dono da Cosan, Ometto Mello, também disse apoiar Bolsonaro no segundo turno, para facilitar "a aplicação da reforma da previdência". "Vou votar no (Jair) Bolsonaro, do PSL [...] A prioridade zero tem de ser a reforma da Previdência, sem a qual o País vai ficar insolvente no médio prazo."

Ainda existem outros empresários na lista do candidato da extrema direita, representantes do setor financeiro como Roberto Campos Neto, diretor do Santander, como um símbolo dos chamados liberais autênticos ao poder. Bolsonaro atrai esse setor com o discurso que não contarão com interferência política para trabalhar. Ora, ao não interferir nas decisões do setor que detêm a matéria prima e os meios de produção é dar carta branca a qualquer tipo de ataque, exploração e opressão dos patrões.

Paulo Guedes, também poderá aproveitar membros da atual equipe econômica (base do governo golpista de Temer). O governo proposto pelo candidato Bolsonaro não tem nada de novo, nem inovador, é a cara mais tenebrosa que o golpe institucional consolidou, e já mostra na sua campanha que pretende governar junto de empresários e economistas burgueses para acentuar ainda mais a desigualdade entre em classes da forma mais opressora possível.

Bolsonaro, Paulo Guedes e Mourão representam os desejos mais escravistas da classe dominante contra a classe trabalhadora. São a continuidade selvagem de Temer, com um programa que busca aplicar as reformas que Temer não conseguiu. Bolsonaro já prometeu privatizar 50 estatais em seu eventual primeiro ano de gestão, além de "tirar o peso dos custos trabalhistas" das costas do empresariado – um aval à ameaça de Mourão de abolir o 13º dos trabalhadores. Estes defensores de torturadores, que entusiasmam oficiais de alta patente do Exército e o reacionário Clube Militar, e que foram beneficiados pelas manobras autoritárias do judiciário, odeiam as mulheres, os negros, os indígenas, os LGBTs. As bancadas da bala, do boi e da bíblia depositam suas esperanças de ajustes sangrentos contra a população na vitória de Bolsonaro, que tem apoio de setores das finanças e dos mercados.

Só a força da organização independente dos trabalhadores pode construir uma real força para se enfrentar com a odiosa extrema direita bolsonarista, e contra todos os ataques previstos para o próximo período, sendo Bolsonaro ou não o ganhador do cargo a presidência do Brasil. A estratégia de conciliação do PT mostrou que é incapaz de enfrentar seriamente a extrema direita. É necessário organizar uma grande força material dos trabalhadores, das mulheres, dos negros e dos LGBTs, em cada local de trabalho e estudo, capaz de articular uma poderosa frente única operária para a ação contra o avanço do bolsonarismo, que retome as entidades sindicais e estudantis das mãos das burocracias traidoras e as converta em instrumentos a serviço da luta de classes. O Esquerda Diário e o MRT dispõem todas as suas energias para essa batalha intransigente.

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