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SÃO PAULO
Marcello Pablito: "Doria quer mais cadáveres de negros e pobres pelas balas PM de SP!"
Redação

Marcello Pablito, trabalhador do bandejão da USP e editor do Esquerda Diário é candidato a deputado estadual do MRT em filiação democrática pelo PSOL. Em declaração, denuncia a absurda entrevista concedida por João Doria afirmando que, se eleito, sua polícia vai ter permissão para matar ainda mais do que já mata em São Paulo.

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Em uma escandalosa declaração, João Doria disse que a partir de janeiro a polícia vai atirar para matar em SP. "Ou se rendem, ou vão para o chão", disse ele. Em uma eleição marcada por declarações de candidatos defendendo mais violência por parte da polícia, Doria diz abertamente que quer aumentar a quantidade de mortos gerados pela PM.

A porcentagem de assassinatos causados pela polícia em SP já é a maior do país: 19,5%, ou seja, um em cada cinco assassinatos cometidos no estado ocorre pelas mãos da polícia. Em números absolutos, foram 940 em 2017, perdendo apenas para o RJ.

Para Doria não é suficiente. Ele quer mais mortes. Como sabemos, a maioria das vítimas da polícia são os negros, os pobres, os moradores das favelas e periferias. Por meio dos autos de resistência, a polícia mata impunemente, quem e como quiser, e simplesmente alega um "enfrentamento", que quase nunca existe. Os assassinatos não são investigados quase nunca, e quando são, mesmo com provas, os policiais são inocentados. O mesmo ocorre com as prisões, onde 64% dos detentos são negros e 40% sequer teve acesso a um julgamento.

Doria sabe que a população hoje está assustada com a violência social que é um fruto direto da crise econômica gerada pela ganância dos capitalistas e seus governantes, que cortam direitos sociais e geram 28% de desemprego para poderem preservar seus lucros milionários. Como um político que defende mais ajustes e privatizações, menos direitos sociais e, portanto, mais desigualdade e miséria, Doria joga com esse medo prometendo resolver "na bala" as consequências da miséria social. Menos escolas e mais presídios. Menos hospitais e mais viaturas. Menos emprego e mais balas nos corpos dos negros. Enquanto isso, mora em uma das mansões mais caras da capital paulista, e sua fortuna é o outro lado da moeda da miséria que quer reprimir na bala.

Para o povo negro, para os moradores da periferia, não há nenhuma "segurança" com a polícia e as balas prometidas por Doria. Pelo contrário. Mães como a de Marcos Vinicius - um jovem negro de apenas 14 que foi uma das crianças mais recentemente mortas pela polícia enquanto ia para a escola - sabem muito bem o que significa a polícia. "Polícia é tudo homicida", disse ela após o assassinato de seu filho. Doria sabe, e quer que seja cada vez mais. Sob seu governo, as vidas dos negros valerão ainda menos, pois ele quer dar cada vez mais carta branca para esses assassinatos. Basta de violência policial! Julgamento com juri popular de cada crime cometido pela polícia!

 
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