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SAÚDE PRECÁRIA
9 horas de fila e precarização do atendimento é como somos tratados no Hospital do Servidor de SP
Maíra Machado
Professora da rede estadual em Santo André, diretora da APEOESP pela oposição e militante do MRT

Entre essa sexta-feira e o sábado, 02, pacientes que foram até o Hospital do Servidor Estadual de São Paulo tiveram que se deparar com mais de 9 horas de espera para serem atendidos, um verdadeiro descaso com a vida dos servidores estaduais e que não é uma situação esporádica, é parte do caos diário da saúde no IAMSPE e em todo o estado de São Paulo ainda mais precarizado pelas políticas de Alckmin, França e do governo golpista de Temer.

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Pacientes com dores, em estágio terminal, passaram a madrugada no hospital, um verdadeiro descaso com a vida dos servidores estaduais e que todos sabemos que não é uma situação esporádica, não é uma exceção, é a regra das filas e precarização por que passa a saúde em São Paulo e em todo o país.

Segundo a administração do hospital, as mais de 9 horas de espera foram fruto da manutenção do sistema informatizado do hospital que teve que ser desligado. Ou seja, não há nenhum preparo anterior para se desligar o sistema e isso não prejudicar os pacientes. Essa situação é fruto também da PEC do teto do governo golpista de Temer, onde falta funcionários e infraestrutura nos centros de saúde, já que os investimentos estão congelados pelos próximos 20 anos.

Também no Estado de São Paulo Alckmin (PSDB) e Márcio França (PSB), candidatos a presidência e ao governo do estado respectivamente, estiveram juntos para atacar a saúde. Aprovaram na Alesp um próprio teto para o Estado ano passado que prevê congelamento por dois anos de qualquer investimento em serviços públicos, isso como parte da renegociação da dívida do Estado com a União para assim continuar pagando a dívida pública que vai direto para o bolso dos banqueiros e capitalistas estrangeiros.

Alckmin e França também foram responsáveis por atacar o Hospital Universitário da USP (HU) e o Hospital de Clínicas da Unicamp (HC) junto às reitorias. Aprovaram a Pec do fim da USP que levou ao fim de postos de trabalho e pronto socorro no HU, e França teve a coragem de vetar projeto que destinava 48 milhões ao hospital, também no HC congelaram contratações de funcionários, o que leva a mais precarização do atendimento à população de Campinas que já sofre com a corrupção e o caos na saúde do prefeito Jonas, do mesmo PSB de Márcio França.

O projeto desses governos é entregar a saúde pública nas mãos dos empresários, por isso precarizam o IAMSPE e vários outros hospitais, querendo transformar numa autarquia para facilitar sua privatização, enquanto já privatizam setores inteiros do hospital para que as empresas de convênio lucrem com a saúde pública.

Essa situação é ainda pior para os professores como eu, uma das categorias que mais adoecem pelas más condições de trabalho, com número altíssimo de licenças médicas por doenças ligadas à voz, audição, aparelho respiratório (alergias), cardio-vascular e problemas psíquicos.

Os que veem no hospital muitas vezes uma possibilidade de ser atendido com mais qualidade e rapidez do que em hospitais dos seus bairros, encontram também enormes filas, precarização no atendimento, com falta de materiais, remédios e médicos. Isso sem falar que os professores categoria O não tem nem mesmo direito ao IAMSPE.

Nessas eleições muitos vão dizer que defendem a saúde, inclusive Alckmin e França, mas sabemos que os juízes manipulam as eleições controlando o voto do povo, com o veto à candidatura de Lula, para multiplicar ainda mais os ataques à saúde que já vinham do governo do PT e se aprofundaram com o golpe.

Para responder a toda essa situação a minha candidatura à deputada estadual, junto com Diana Assunção à deputada federal, se colocam à disposição da luta pela revogação da PEC do teto e pelo não pagamento da dívida pública, que destina parte das riquezas nacionais aos banqueiros e empresários estrangeiros, precisamos enfrentar esse mecanismo para garantir investimentos em saúde.

Também defendemos a estatização do conjunto dos hospitais, e para que eles sejam geridos pelos trabalhadores da saúde sob controle da população, que são os que mais sabem dizer quais as necessidades reais da saúde e assim a saúde não vire mercadoria nas mãos dos empresários dos convênios. Para também ser parte dessas ideias nessas eleições manipuladas, chamamos todos a defender a saúde e o conjunto dos direitos da população com um programa anticapitalista que façam com que seja os capitalistas e não os trabalhadores e o povo pobre a pagar pela crise.

 
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