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Incêndio no Museu Nacional
Milhares nas ruas expressam revolta com a tragédia no Museu Nacional
Redação Rio de Janeiro
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O incêndio no Museu Nacional, que devastou todo o prédio central, reduzindo a cinzas um valor incalculável de história e pesquisa, foi uma tragédia anunciada pelo descaso do governo com a cultura, ciência e educação. As dezenas de milhares de pessoas que se reuniram hoje na Cinelândia mostraram como a garganta está engasgada por uma sequência de golpes contra nossos direitos políticos e sociais mais elementares e que um crime contra a história como esse desperta sensibilidade e pode desatar uma nova força para lutar, com a juventude à frente.

O ato foi composto por diversos sindicatos e entidades estudantis. Dentre as pessoas que compunham o ato, foi massiva a presença de estudantes universitários de diversos cursos da UFRJ, UFF, UniRio e UERJ, além de professores e trabalhadores. A UFF suspendeu as aulas, assim como muitos cursos da UFRJ também o fizeram. Além disso houve presença de estudantes secundaristas, como alunos do Pedro II, inclusive do Pedro II de Caxias que levou um ônibus para lá. A presença massiva da juventude foi um elemento marcante, que se expressou também nos gritos que diziam "Quem disse que sumiu, aqui está presente o movimento estudantil!". Outro grito que apareceu com força no ato, mostrando o repúdio aos privilégios dos juízes golpistas, foi "não é mole não, tem dinheiro pra juiz mas não tem pra educação"!

A manifestação que começou as 16h e só terminou por volta das 20h, enchendo rapidamente a praça da cinelândia, expressou um potencial combativo da juventude como não vemos há algum tempo em atos no Rio de Janeiro. Infelizmente a dinâmica que os setores dirigentes do ato colocaram, com a UNE e UEE à frente, mantendo por mais de três horas uma sequencia de falas no caminhão de som, enquanto as milhares de pessoas ficaram paradas na praça, não colaborou para essa revolta se expressar com mais força. Mas ainda é tempo de se apoiar na expressiva resposta sensível e espontânea da juventude e organizar a mobilização desde as bases, convocando imediatamente assembleias nas Universidades e escolas.

No início do ato alguns integrantes de grupos de extrema direita fizeram provocações e agressões, mas foram rapidamente expulsos, mostrando que não há espaço para provocadores entre os que lutam por direitos e em defesa da nossa memória e cultura.

Veja a fala Carolina Cacau e de Isabela Santos, militantes do MRT e integrantes do CA de Serviço Social da UERJ:

Pela manhã também houve um ato em frente ao Museu, que contou com centenas de pessoas e foi reprimido pela polícia.

O sentimento geral era de muita indignação contra o descaso geral e principalmente contra o governo golpista Temer. O Museu Nacional, que completou 200 anos em junho, abrigava uma enorme coleção científica e histórica, além de ser um espaço de lazer para muitas pessoas.

O que aconteceu com o Museu é sintoma do descaso com a educação que tem sido levado a frente pelos distintos governos, tanto o golpista Temer quanto os governos petistas. Desde 2011, esse foi o sexto incêndio na UFRJ. Em 2014, uma verba de 20 milhões que seria destinada ao Museu não foi repassada pelo governo Dilma, poderia ter financiado a obra que impediria esse crime. É necessário que as entidades estudantis e os sindicatos façam disso uma grande luta! Todos esses cortes na educação vem apenas para garantir o pagamento da dívida pública, que em 11 segundos gasta o equivalente ao orçamento anual do Museu Nacional. É necessário levantar o não pagamento dessa dívida fraudulenta, que foi paga religiosamente pelos governos petistas!

 
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