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INCÊNDIO NO MUSEU NACIONAL
Temer gastou R$ 1,2 bilhão na Intervenção no Rio e apenas R$ 346 mil para Museu Nacional
Guilherme Garcia

O descaso e o sucateamento que o Governo golpista de Michel Temer fez com o Museu Nacional do Rio de Janeiro, levou a uma estrutura frágil e com uma manutenção irregular que acabou no trágico incêndio ocorrido ontem. Mas não perdeu tempo em investir pesado na Intervenção Federal para reprimir e sangrar os morros cariocas.

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O trágico incêndio que ocorreu neste domingo, 2, no Museu Nacional do Rio de Janeiro chocou a todos pela perda de um acervo com mais de 20 milhões de itens de valor inestimável para nossa cultura, ciência, história que foi consumido pelo fogo durante poucas horas. Mas o mais chocante de tudo isso foi descaso e o sucateamento que o governo golpista de Temer fez que levou a destruição desse patrimônio histórico que completou 200 anos no dia 6 de junho deste ano. O mais abominável ainda é o governo Temer fazer investimento extraordinários para a Intervenção Federal no Rio de Janeiro desde Fevereiro desde ano.

Chega a ser assustador a grande diferença que é o orçamento destinado a manutenção do museu com o orçamento para a Intervenção Federal. Enquanto para o Museu Nacional do Rio o orçamento anual de 2017 foi de 346 mil reais, e de 54 mil reais até abril de 2018, praticamente o mesmo valor que um juiz do STF ganha em um mês de salário. O orçamento repassado pelo governo Temer para a intervenção no Rio é de 1,2 bilhão de reais, um alto investimento do governo para aumentar nas favelas contra a população mais oprimida e principalmente a população negra, com uma justificativa demagógica de que essa verba seria destinada para melhoria de segurança pública no Rio.

Segundo o governo, o dinheiro seria destinado para a compra de equipamentos pessoais, veículos, armamento, contratação de serviços e pagamentos. Todos os recursos que, como vimos desde o início da intervenção de nada melhorou a segurança da população, e sim, armaram a polícia e o exército ainda mais para intensificar o derramamento de sangue nos morros cariocas. Até agora, os bilhões que foram gastos com a intervenção no Rio de Janeiro tiveram como saldo foram os assassinatos de dezenas de jovens, como Marcos Vinícios de 14 anos que foi morto com o seu uniforme do colégio, e que apesar de ter sido fruto de uma ação da polícia civil, reflete a violência estatal promovida a nível federal.

Enquanto a Intervenção Federal teve gastos gigantescos, o Museu Nacional do Rio de Janeiro sofreu nos últimos anos com congelamento e a redução do repasse de verbas por parte do golpista Temer que tem como seu projeto acabar com a ciência do país, assim como também quer acabar com o superior público. Há anos o museu vem requisitando verbas para a reestruturação do prédio, mas que tem necessitado de vaquinhas virtuais para conseguir recursos apenas para a manutenção.

O fato de recursos estarem a níveis abissais este ano é fruto da política de ajustes no orçamento para “enfrentar a crise”. O teto dos gastos por 20 anos surrupiou ainda mais o orçamento do museu, que vinha sendo defasado desde o governo Dilma, mas chegou a ser reduzido a 10% do valor recebido em 2014. Os cortes na educação, na pesquisa e nas ciências são tudo fruto do objetivo do Governo Federal continuar garantido o pagamento da dívida pública aos banqueiros que lucram com ela 31.709 reais por segundo. O Estado, ao invés de investir em saúde e educação, que afirma a todo momento que está em crise, continua fornecendo verba para a polícia racista e machista que executou Marielle Franco, dando ainda mais recursos para que ela continue matando e oprimindo.

 
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