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DEBATE BAND
Debate na Band: resumo da fraude eleitoral que impede a população de votar em quem quiser
Redação

A Bandeirantes, parte integral da mídia golpista, não viu nenhum problema nesse veto do bonapartismo judiciário: espera motorizar a campanha de Alckmin como o candidato a prosseguir as reformas golpistas contra os trabalhadores e a população.

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Por ordem do judiciário autoritário e da Lava Jato, Lula não pôde participar do debate da Band. A ausência de Lula, preso arbitrariamente pelo judiciário, e o veto ao direito elementar da população de votar em quem quiser tiveram como correlato as inúmeras menções honrosas a Sérgio Moro - de Álvaro Dias a Ciro Gomes. Todo o debate foi o resumo do caráter fraudulento e profundamente antidemocrático de eleições controladas pelo judiciário, que escolhe a dedo quem será o novo presidente que seguirá as reformas de Temer.

Estiveram presentes no debate da Band Geraldo Alckmin (PSDB), Jair Bolsonaro (PSL), Marina Silva (Rede), Ciro Gomes (PDT), Henrique Meirelles (MDB), Álvaro Dias (Podemos), Cabo Daciolo (Patriota) e Guilherme Boulos (PSOL). Vera Lúcia do PSTU não esteve no debate, pela escolha antidemocrática da TV Band.

A palavra "golpe" apareceu pela primeira vez após duas horas de debate, na boca de Ciro Gomes. Foi mencionada rapidamente apenas mais uma vez, na fala de fechamento de Guilherme Boulos.

A direita (Alckmin, que leva consigo o reacionário "Centrão", além de Álvaro Dias e Marina Silva, para não falar em Henrique Meirelles) e a extrema direita - que contou não apenas com Bolsonaro, mas com as frases estapafúrdias do Cabo Daciolo - esbanjou obscurantismo, com inúmeras menções à Igreja, à Deus, às Forças Armadas, ao anticomunismo e ao projeto mordaça Escola sem Partido. São representantes do golpe institucional, e dos poderes sem voto - Igreja, Judiciário, Forças Armadas - que estão definindo autoritariamente quem pode ser votado. Como não poderia deixar de ser, foram os porta-vozes da negativa ao direito das mulheres à legalização do aborto, militando junto à Igreja para que as mulheres sigam morrendo por abortos clandestinos.

O pagamento da dívida pública, uma dívida ilegal, ilegítima e fraudulenta que representa um verdadeiro saque permanente das riquezas nacionais e um elo de submissão ao capital estrangeiro, também foi mote dos candidatos presidenciais, desde aqueles que querem "privatizar tudo" para pagar a dívida (Bolsonaro), até aqueles que, como o Cabo Daciolo, defendem a auditoria da dívida, para seguir pagando sua porção "legal".

As eleições deste ano seguem marcadas pela continuidade do golpe institucional que teve início em 2016. A Lava Jato e o judiciário mostram cada vez mais que nunca se tratou de um combate à corrupção, mas sim de um plano econômico e político para roubar mais o país e subjugar a população de forma muito mais violenta do que o próprio PT já fazia. E para isso é preciso escolher a dedo o próximo presidente da república, fortalecendo Alckmin (PSDB) como o favorito do mercado.

Sobre isso Marcello Pablito, que é pré-candidato do MRT a deputado estadual em SP e trabalhador do restaurante universitário da USP, afirmou: "Nossa participação nessas eleições vai ser também para denunciar o caráter cada vez mais antidemocrático deste regime que os golpistas querem impor ao país. Por isso nós lutamos contra a prisão de Lula e para que o povo decida em quem votar, sem o veto do judiciário que não foi eleito por ninguém."

"Mas damos essa batalha com total independência do PT, que mesmo dirigindo as principais centrais sindicais e entidades estudantis do país junto com o PCdoB, aceitou o golpe sem nunca organizar uma resistência séria com a luta de classes, apostando, ao contrário, em mais conciliação para se fortalecer eleitoralmente e tentar voltar a governar para os capitalistas em um regime cada vez mais reacionário e com um ’mercado’ que pede cada vez mais ataques e privatizações."

 
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