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UNIVERSIDADE PÚBLICA
Imperialismo controla pesquisa nas universidades públicas e garante interesses na educação
Rafael Barros

Empresas estrangeiras dominam a pesquisa nas universidades estaduais de São Paulo. das 10 mais presentes, 8 são estrangeiras. Fica clara a relação entre os cortes na educação e a ingerência imperialista nas universidades, colocando os recursos da educação a serviço dos interesses dos capitalistas.

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Um levantamento feito pela Fapesp (Fundação de Amparo a Pesquisa do Estado de São Paulo) aponta que nas universidades estaduais de SP (USP, Unicamp e Unesp), as empresas estrangeiras predominam nos projetos de pesquisas. Segundo o levantamento, das 10 empresas que mais tem projetos de pesquisa ligados as universidades, 8 delas são estrangeiras, sendo as duas brasileiras a Petrobrás e a Embraer, justamente duas empresas alvo de tentativas constantes de privatização pelo governo Temer, para entregar nossos recursos ao imperialismo.

Em meio a um cenário de cortes no CAPES, anunciado pelo governo Temer, que acarretará em diversos cortes de bolsa nas pesquisas e pós-graduação, os dados apontados pelo levantamento da Fapesp apontam para um questionamento: a serviço de que os governos e as reitorias colocam as pesquisas nas universidades públicas do país?

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Não é novidade, por exemplo, que em universidades como a USP, na área da saúde parte dos maiores investidores em pesquisa são empresas farmacêuticas ou de cosméticos. Se olharmos mais atentamente às empresas relacionadas na lista da Fapesp, vemos que das 10 empresas com maior número de projetos, 6 são empresas estrangeiras ligadas à industria farmacêutica. São elas a alemã Merck KGaA, as suiças Novartis e Hoffman-La Roche, as britânicas GSK e AstraZeneca e a estadunidense Pfizer.

As universidades públicas hoje são a concentração do conhecimento e da ideologia burguesa. E portanto, desde os governos até as reitorias e conselhos universitários, buscam com essa estrutura de poder autoritária garantir que os recursos da universidade para pesquisa e extensão estejam diretamente ligados e destinados à empresas privadas e pesquisas a favor de seus interesses e seus lucros. E isso fica bastante evidente quando vemos a situação do Hospital Universitário da USP, por exemplo, que foi sucateado brutalmente durante a reitoria de Marco Antonio Zago, que hoje é secretário da saúde do governador Marcio França (PSB). O único hospital público que atende as comunidades da região próxima á universidade já foi alvo de diversas ameaças e tentativas de desvinculação da universidade, edeixou de receber um repasse de R$ 48 milhões em verbas para contratação de funcionários, o que acarretou em fechamento de diversos setores do hospital.

Esses e outros ataques, como o efetuado ao CAPES, mostram bem que os recursos da universidade, que deveriam estar sendo destinados para atender aos interesses da população que financia as universidades públicas a partir dos impostos pagos ao governo, são na verdade sucateados e precarizados para que estejam cada vez mais sobre o controle de empresas (e cada vez mais de empresas estrangeiras), ditando para que e o como se usará o vasto conhecimento acumulado no ensino superior no país.

A ingerência imperialista dentro da área de conhecimento e dentro das universidades públicas no Brasil não está em nada descolado com os projetos de governo dos golpistas de sucateamento e privatização da educação. O projeto do pré-candidato a presidência da República pelo PSDB, Geraldo Alckmin, ex- governador de São Paulo, defende a entrada mais profunda ainda do capital privado na educação.

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Esse projeto de educação, com cada vez mais redução de verbas para corresponder às exigências da "responsabilidade fiscal", é também reflexo dessa subordinação dos governos e de diversos pré-candidatos à presidencia ao imperialismo, que subordina grande parcela do orçamento público ao pagamento da ilegal dívida pública e, assim, deixando o país cada vez mais aliado com os interesses de banqueiros e empresários atrelados ao capital financeiro imperialista.

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