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PALESTINA
Ahed Tamimi, ícone da resistência palestina, é libertada da prisão israelense
Redação
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A adolescente Ahed Tamimi, de 17 anos, ícone da resistência palestina contra a ocupação do Estado terrorista de Israel, foi libertada neste domingo (29), depois de quase oito meses presa pelo governo Netanyahu.

A garota foi detida em dezembro de 2017, depois de enfrentar soldados israelenses no pátio de sua casa, na Cisjordânia - imagens que viralizaram no mundo inteiro.

O exército israelense havia prendido Ahed Tamimi depois que a jovem ativista pelos direitos dos palestinos expulsou os soldados de sua casa. Algumas horas mais tarde, o exército voltara a sua casa para prender outra jovem de sua família que trabalha como jornalista. Essas detenções ocorreram em meio aos protestos contra a decisão de Trump de reconhecer Jerusalém como capital de Israel, em uma clara provocação às aspirações do povo palestino. A brutal repressão do exército contra os protestos deixou naquele momento 9 palestinos mortos e mais de 3.400 feridos.

Vídeo do momento do reencontro com a família Tamimi

Tamimi deu declarações públicas após reencontrar seus parentes:

"Vou continuar meu curso universitário e estudarei direito para poder abordar a causa do meu país em todos os fóruns internacionais e poder representar a causa dos prisioneiros", disse Tamimi. "A prisão me ensinou muitas coisas, eu fui capaz de descobrir o caminho certo para entregar a mensagem da minha terra natal."

O Estado de Israel mantém uma política de ocupação na Cisjordânia com centenas de colônias em seu interior e zonas inteiramente controladas pelo Exército israelense, além da construção de um muro, controles militares e check points de revistas e vigilância que a população da Cisjordânia precisa enfrentar cotidianamente.

O exército não apenas ocupa o território, mas também invade as casas dos palestinos com a desculpa de perseguir manifestantes que atiram pedras contra eles. É assim que chegaram ao quintal da casa da família Tamimi e ficaram ali para provocá-los.

No vídeo vemos Ahed que, acompanhada por outra jovem, grita e empurra os soldados enquanto diz para irem embora.

São recorrentes as ações brutais do Exército israelense contra crianças e jovens palestinos que prendem, algemam e levam vendados para depois encarcerá-los, sem importar sua idade. Em 2015 outro vídeo já havia viralizado, em que uma família palestina resgata uma criança que estava sendo asfixiada por um soldado israelense. Nesse vídeo também aparece Ahed, que há anos expõe e enfrenta essa injustiça.

A única paz duradoura para o conflito árabe-palestino só pode vir pela destruição do Estado terrorista de Israel - que realiza atrocidades como a detenção de Ahed Tamimi, e seus bombardeios assassinos na Faixa de Gaza - e pela garantia do direito de retorno de todos os refugiados palestinos. E pela instauração de uma Palestina operária e socialista, que resgate e aprofunde a história de unidade e mobilização dos trabalhadores palestinos, e rompa definitivamente essa cadeia de opressão imperialista.

 
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