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BALCÃO DE NEGÓCIOS
Congressistas gastam sua verba de gabinete com empresas que os patrocinaram
Redação
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Informações da Agência Estado

Um de cada 6 congressistas gasta parte de suas verbas de gabinete com serviços fornecidos por pessoas ou empresas que fizeram doações em suas campanhas eleitorais. Um cruzamento de dados de doações no Tribunal Superior Eleitoral (TSE) com os gastos da Câmara dos Deputados e Senado aponta um benefício "cruzado" de R$ 2,5 milhões distribuído entre 92 deputados e senadores aos seus doadores.

Os números foram obtidos a partir da ferramenta Datascópio, da organização não governamental Dados.org.

Em quase metade dos casos (40) identificados pela reportagem da Datascópio, esses doadores receberam mais do que passaram às campanhas dos parlamentares, ou seja, o valor recebido em troca de serviços foi maior do que o doado - em um dos casos, 36 vezes maior. Os serviços mais adquiridos são os de gráficas, locadoras de veículos e gastos com postos de gasolina.

O balcão de negócios das eleições burguesas segue com todo fôlego: as empresas privadas fazem seus investimentos em políticos e buscam retorno financeiro com juros, retorno que os políticos capitalistas ão tem nenhum problema em dar, com dinheiro público.

O senador e pré-candidato ao governo de Rondônia Acir Gurgacz (PDT, partido de Ciro Gomes) aparece no topo da lista. O seu gabinete destinou R$ 392,9 mil em pagamentos a Gilberto Piselo do Nascimento, que também é seu suplente e chegou a assumir o mandato por um curto período em 2016. O valor teve como destino o aluguel de imóvel do suplente para uso como escritório político do senador. Em fevereiro, Gurgacz foi condenado a 4 anos e 6 meses de prisão em regime semiaberto e suspensão dos direitos políticos por crimes contra o sistema financeiro pela Primeira Turma do Supremo Tribunal Federal, mas segue no mandato.

Nem sempre o valor gasto pelos parlamentares atinge o da doação feita. O deputado federal Weliton Prado (Pros-MG), por exemplo, recebeu R$ 416,2 mil em doações da Sempre Editora Ltda, que tem como sócio o prefeito de Betim, Vittorio Medioli (Podemos-MG). Ao menos outros dez parlamentares usaram os serviços da editora. Somente em um dos casos os gastos superaram a doação - com o deputado federal Toninho Pinheiro (PP-MG), que recebeu R$ 1,9 mil e gastou R$ 20,8 mil de sua cota com a empresa.

 
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