A vice-presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), ministra Rosa Weber, rejeitou o pedido do Movimento Brasil Livre (MBL) para que a Corte declarasse a inelegibilidade do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), pré-candidato à Presidência da República, antes do registro da candidatura.
Na decisão, a ministra afirma que o "direito tem seu tempo, institutos, ritos e formas". É evidente que a ministra em nenhum momento sinaliza uma possível inflexão do judiciário, de que aceitarão a candidatura, tentando se manter "imparcial" mostrando que aceitam no mínimo manter os recursos previsto para agosto e possivelmente setembro a dentro.
As candidaturas devem ser oficializadas através de registro eleitoral dos candidatos até 15 de agosto, e MBL pedia que o TSE impedisse "desde já" o registro de candidatura do petista. Como justificativa, o MBL pontuava que Lula foi condenado pelo Tribunal Regional Federal da 4ª Região (TRF-4) a 12 anos e um mês de prisão pelos crimes de corrupção passiva e lavagem de dinheiro, e que desde a publicação do acórdão do TRF-4 "não há dúvidas" de que Lula "está inelegível", com base na Lei da Ficha Limpa.
Na realidade, o que querem é intervir na eleição para garantir melhores condições para candidatos, que tais como eles, defendam uma agenda de ataques muito superiores ao que PT implementava - e prometeu ao mercado - candidatos que defendam reacionarismos que eles defendem como o Escola Sem Partido.
A rejeição deste pedido por Weber, que na realidade era uma medida do MBL que pretendia acelerar a decisão sobre a essa continuidade do golpe, impedindo que a população vota em quem quiser, se dá não apenas a partir de sua prisão arbitrária, mas também da negativa de sua candidatura. A prisão arbitrária do ex-presidente e a negativa de quem quiser votar em Lula o possa fazer ataca um direito elementar do sufrágio nesta democracia dos ricos. Defendemos incondicionalmente o direito de quem quiser votar em Lula possa fazê-lo, apesar de não só não apoiarmos como combatemos o projeto petista de conciliação de classes.
com informações de Agência Estado
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