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ELEIÇÕES ARGENTINAS
Nicolás Del Caño na Frente de Esquerda, ‘Em outubro queremos ser uma alternativa para milhões’
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O Esquerda Diário conversou com o jovem candidato a presidente da Frente de Esquerda e dos Trabalhadores (FIT) depois de sua grande eleição neste domingo. Aqui estão os principais assuntos tratados.

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Como está sendo este momento, depois de conseguir um excelente resultado nas eleições?

Hoje, por fim, podemos descansar um pouco depois de uma campanha mais intensa, que durou mais de um mês. Também depois de um escrutínio de mais de 18 horas de duração, produto da luta interna do peronismo na província de Buenos Aires.

Estamos muito contentes. Cremos que fizemos uma enorme campanha ao longo de todo o país. Eu, em particular, nas últimas semanas, percorri diversas províncias: estive duas vezes em Córdoba, duas em Mendoza, viajei a Santa Fe e outras províncias. Assim, levando as ideias de nossa lista, a 1A.

Não fiz sozinho. Foi uma campanha a plenos pulmões junto a minha companheira de fórmula, Myriam Bregman, que também viajou muitíssimo; Andrea D’Atri que visitou San Juan, Salta, Tucumán e Jujuy, entre outros lugares. Christian Castillo, nosso companheiro pré-candidato a governador da província de Buenos Aires, recorreu o interior da mesma em uma campanha mais que intensa. Fizemos um enorme esforço, como todo o conjunto da militância do PTS e de muitos companheiros e companheiras que não são militantes de nossa organização, mas que se simpatizaram com nossa campanha e militaram ativamente.

Como foi a votação da FIT de conjunto?

A votação da FIT de conjunto foi muito boa. Conseguimos quase 730 mil votos. Subimos mais de 200 mil em relação as PASO [eleições prévias às eleições gerais, para definir os candidatos de cada força política] de 2011. Obtivemos resultado muito bons em muitas províncias, mostrando que somos uma força em ascensão. Em Mendoza, conseguimos mais de 9% de votos a presidente no total; em Jujuy quase 4%; em Neuquén a votação alcançou 6,22%. Além disso, fizemos uma boa eleição nas listas de deputados nacionais. Para te contar um exemplo, em Jujuy obtivemos quase 7% para deputados nacionais, onde nosso companheiro Alejandro Vilca encabeçará a lista em outubro.

Se coloca em evidência que a FIT expressa verdadeiramente a esquerda. Nas últimas semanas, vimos como se montava uma operação midiática de mostrar uma esquerda dividida e colocá-la em um mesmo plano. Mas a FIT conseguiu 726 mil votos, ou seja, 3,31% dos votos, enquanto o resto das forças não alcançaram 0,5% dos votos.

Com essa força podemos avançar de agora até outubro. Lutamos para conquistar novas bancadas para a esquerda em distritos como Mendoza com minha companheira Noelia Barbeito, Córdoba com Liliana Olivero, a província de Buenos Aires, CABA ou Salta para citar apenas alguns lugares.

Que expressou o triunfo da chapa 1A na FIT internamente?

Mostrou que nossa proposta estava baseada no que se vinha expressando na realidade. Como dissemos, era uma proposta para fortalecer a FIT, conseguindo que nossa chapa expressasse a juventude, os trabalhadores e as centenas de milhares de mulheres que se orientam hoje pela esquerda.

Como dissemos muitas vezes, para nós “renovar” não equivalia apenas a que surgissem novas figuras políticas na esquerda, senão também expressar os milhares de trabalhadores e mulheres que simpatizavam com ela e que lutam em muitos terrenos ao seu lado.

Essa ideia chegou a centenas de milhares em todos o país. A milhares e milhares de jovens, nos bairros, trabalhadores precários, nos estudantes secundaristas que vieram e se entusiasmaram por nossa campanha. Por isso conquistamos mais de 370 mil votos e tenho certeza que teríamos conseguido mais, apesar do roubo de cédulas na cidade de Buenos Aires, nas províncias e, por vezes, em outras como Salta e Jujuy.

Como vão se relacionar com o resto das forças da esquerda que saíram das eleições por causa das PASO?

Em primeiro lugar, vamos buscar trabalhar com os companheiros da Lista Unidade (encabeçada por Jorge Altamira do Partido Obrero e Juan Giordano da Izquierda Socialista, apoiada pelo PSTU e outras organizações) para pensar uma campanha comum até a eleição geral em outubro. Acreditamos que a FIT sai fortalecida nesta eleição e que tenhamos que preparar uma grande batalha até as eleições nacionais para conquistar novos legisladores nacionais e provinciais.

Vamos convocar também o restante das forças de esquerda que votou em nós. O piso proscritivo das PASO deixou de fora muitas correntes de esquerda. Enquanto que com algumas delas não compartilhamos uma visão mais geral em comum, como é o caso do MST, rechaçamos que não possam competir em outubro por causa do piso de 1,5% de votos que estabelece a PASO para alcançar as eleições gerais. Chamamos todos seus votantes a apoiar a FIT como uma forma de enfrentar os candidatos que se apresentam para gerir os interesses dos grandes empresários. Em outubro, nos propomos a ser uma alternativa para milhões.

 
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