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ORIENTE MÉDIO/PALESTINA
Ahed Tamimi não se arrepende, e as autoridades israelenses recusam reduzir sua pena.
Alexandre Tubman

Tamimi foi condenada a oito meses de reclusão por estapear um soldado. No mesmo dia em que foi negada a redução de sua condenação, soldados israelenses assassinaram um de seus familiares.

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O Serviço de Prisional de Israel recusou, na última quarta-feira (08), uma petição de redução da condenação imposta por um tribunal militar israelense contra Ahed Tamimi, a adolescente palestina sentenciada por aparecer em um vídeo estapeando um soldado.

“Sim, nós não tínhamos nenhuma esperança que iria ser diferente”, declarou a advogada da jovem, Gaby Lasky, a agência Efe, sobre a decisão da junta que avaliou a petição para a liberdade condicional.

O comitê encarregado de avaliar o pedido alegou a “falta de arrependimento, a gravidade das ofensas e uma avaliação do perigo que ela possui”, como razões para impedir a sua liberdade antes do prazo na qual foi condenada.

Ahed Tamimi foi detida depois que fizeram um vídeo viral que a mostrava, gritando e estapeando soldados israelenses, que invadiram o quintal de sua casa, na cidade de Nabi Saleh. Depois de detida, foi posta em prisão preventiva, e em março, deste ano, aceitou uma pena de oito meses de reclusão e uma multa de 5.000 séqules (5.150,00 reais), por ter agredido um militar israelense e ter convocado manifestações.

O julgamento foi uma mostra do caráter que possui a ocupação israelense sobre os territórios palestinos. A advogada da jovem, Gabi Lasky, deixou evidente o tratamento diferenciado que a justiça tem com os colonos israelenses que ocupam as terras palestinas, frente aos palestinos que vivem nessas terras ocupadas: “Enquanto aos colonos se aplica à justiça civil, aos palestinos está aplicada à justiça militar, que é muito mais rigorosa”.

No mesmo dia em que o comitê negou a liberdade de Ahed Tamimi, um de seus familiares, Ezz Abdel Hafiz Tamimi, foi assassinado por soldados israelenses, depois de receber três disparos no pescoço. Confirmado pela agência de notícias palestina Maan e segundo esse mesmo meio de comunicação, o Exército não permitiu que os moradores socorressem o jovem, que foi jogado numa viatura. Outro jovem palestino ficou ferido com os disparos dos militares israelenses.

“Um palestino surpreendeu as tropas e arremessou uma pedra que acertou a cabeça de um soldado. Em resposta, o militar disparou contra o palestino, que acabou ferido e socorrido pela tropa no local”, declarou o Exército israelense em um comunicado ao se confirmarem o falecimento do jovem palestino. Não conseguindo esconder a ação criminosa de suas tropas.

O debate sobre o caráter colonialista e criminoso da ocupação israelense, sobre os territórios palestinos, ganhou forças logo após a suspensão da partida amistosa de futebol, que a seleção da Argentina iria realizar em Jerusalém, contra a seleção de Israel.

A detenção e o julgamento contra Ahed Tamimi, têm-se transformado em uma potente forma de denuncia contras os objetivos de Israel, que mantém a Faixa de Gaza como uma prisão a céu aberto, enquanto que avançam com a ocupação colonial nas terras da Cisjordânia. Deixando evidente que o Estado de Israel não é mais que uma potência colonial com um Exército de ocupação que tem perseguido, assassinado e expulsado de suas terras, milhões de palestinos, como definiu o historiador israelense Ilan Pappe, que Israel é um Estado de Apartheid, e que converteu a Palestina no maior cárcere do mundo.

Tradução Alexandre Tubman

 
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