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ELEIÇÕES NA VENEZUELA
Governo golpista brasileiro não reconhece resultado das eleições venezuelanas
Yuri Capadócia

Em nota divulgada pelo Itamaraty após as eleições na Venezuela, o ministério declarou que as eleições no país vizinho: "...não favorecem a restauração da democracia na Venezuela" e que carecem de "legitimidade e credibilidade". Desta forma, o Brasil junta-se a outros governos de direita da região que deslegitimaram o processo eleitoral que se deu na Venezuela.

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O governo golpista brasileiro, por meio de uma nota divulgada pelo Itamaraty, se posicionou a respeito do processo eleitoral ocorrido na Venezuela. Hipocritamente, o governo golpista declara que as eleições, da forma como ocorreram, não favorecem a "restauração da democracia venezuelana".

Ainda que as eleições no país vizinho tenham transcorrido sob uma série de subterfúgios empregados pelo governo de Maduro, conforme denunciamos nessa reportagem, o governo ilegítimo aqui em questão é o de Temer, que subiu ao poder por meio de um golpe no país, e se equilibra numa taxa de aprovação de meros 5%.

Se se aprofunda o bonapartismo na Venezuela, em chave reacionária com a população experienciando uma forte degradação de suas condições de vida pela crise econômica, no Brasil o golpismo da mesma forma aprofunda esse elemento bonapartista, sequestrando o direito ao sufrágio, primeiro com o Impeachment e agora com a prisão de Lula.

A contestação à frágil democracia venezuelana não pode partir do imperialismo, disfarçado na dita "comunidade internacional", que se posicionou contrário ao processo eleitoral, mas de seus próprios trabalhadores que precisam se desvencilhar de todas as amarras burocráticas estatais impostas pelo chavismo para alcançar uma verdadeira alternativa frente a grave crise econômica que assola o país.

Confira a íntegra da nota abaixo:

“O governo brasileiro lamenta profundamente que o governo venezuelano não tenha atendido aos repetidos chamados da comunidade internacional pela realização de eleições livres, justas, transparentes e democráticas. Nas condições em que ocorreu – com numerosos presos políticos, partidos e lideranças políticas inabilitados, sem observação internacional independente e em contexto de absoluta falta de separação entre os poderes – o pleito do dia 20 de maio careceu de legitimidade e credibilidade.

Assim, ao invés de favorecer a restauração da democracia na Venezuela, as eleições de ontem aprofundam a crise política no país, pois reforçam o caráter autoritário do regime, dificultam a necessária reconciliação nacional e contribuem para agravar a situação econômica, social e humanitária que aflige o povo venezuelano, com impactos negativos e significativos para toda a região, em particular os países vizinhos.

O Brasil continuará atuando, inclusive na Organização dos Estados Americanos, em favor do restabelecimento da institucionalidade democrática, do estado de direito e do respeito aos direitos humanos na Venezuela. Também seguirá empenhado em seus esforços de mitigar os efeitos da crise humanitária que vivem os venezuelanos e acolher, de acordo com a legislação nacional e nossas obrigações internacionais, os que ingressem em território brasileiro.”

 
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