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PROFESSORES MUNICIPAIS SP
Após derrotar Doria, 1500 representantes de escolas se reúnem para pautar a continuidade da luta
Nossa Classe - Educação

Aconteceu ontem a primeira reunião de representantes de escola do SINPEEM, o Movimento Nossa Classe Educação esteve presente batalhando por uma luta contra o avanço do Imperialismo sob a educação e os direitos dos trabalhadores além de um plano de lutas contra o retorno do projeto do SAMPAPREV.

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O cenário que se impõe para a educação brasileira é cada vez mais alarmante, ataques vindos de todos os governos que se estabeleceram no marco do golpe institucional têm como objetivos, além do corte de gastos das contas públicas sob a desculpa da crise econômica, abrir cada vez mais espaço no nosso país para os grandes investidores, monopólios e empresários imperialistas que buscam restabelecer seu poder no país, privatizando nossas escolas, terceirizando nossos postos de trabalho, faturando muito com o mercado editorial, fazendo com que trabalhemos mais tempo e ganhando menos e, por fim, formando em nossas escolas uma mão de obra barata, pouco crítica.

Os principais ataques contra a educação que abalaram o país foram dados a partir dessa perspectiva e várias greves se desenrolaram só neste ano pelo país, com destaque para a vitoriosa greve dos professores da cidade de SP que derrotou temporariamente o projeto do SAMPAPREV que visava transferir nossas aposentadorias para um fundo privado. O projeto era levado a diante por Doria (PSDB), um empresário disfarçado de prefeito golpista e declaradamente um entusiasta das privatizações.

Mais de um mês e meio depois da vitória dos professores e trabalhadores da educação municipal de São Paulo, a direção do SINPEEM,Claudio Fonseca, também vereador do PPS, finalmente chamou na manhã de ontem (16/05) e depois de um longuíssimo silêncio, uma reunião de Representantes Escolares que teria como finalidade discutir os próximos passos da nossa luta contra o SAMPAPREV assim como a campanha salarial da categoria, que tem sua data-base neste mês de Maio.

A grande força e disposição de luta demonstrada na histórica greve do mês de março se manifestou ontem com a participação de cerca de 1500 professores na Casa de Portugal, infelizmente a direção, personalizada em seu presidente (base aliada do ex-prefeito) , seguiu seu histórico de antidemocrático de não dar voz à categoria limitando a voz dos professores a apenas 1 minuto de fala, sob pena de corte imediato do microfone ao término do tempo. A prática é um recurso antigo do presidente do sindicato que fala o quanto quer nas assembleias e reuniões e garante aos professores apenas um tempo absolutamente formal que em nada ajuda os professores à expressarem suas ideias, denúncias, etc., ainda diz que tal medida é para que haja democracia entre todos, mas o que garante é justamente o contrário: que nenhuma das ideias dos professores seja de fato compartilhada e debatida até o final, como uma verdadeira democracia faria. Não bastasse isso, as poucas propostas que conseguem ser colocadas em tão pouco tempo são deliberadamente ignoradas ou negadas pela direção de Claudio.

Apesar disso, e como expressão da mobilização dos professores durante nossa greve, a reunião aprovou como deliberações pontos importantes, dentre eles: O retorno imediato à greve no caso da PL 621/2018 (SAMPAPREV) voltar a ser encaminhada na câmara dos vereadores; Exigência à CUT e demais centrais sindicais para que se convoquem imediatamente uma greve geral no caso de tentativa do Governo Federal de recolocar em pauta a Reforma da Previdência; negar qualquer aumento para a campanha salarial deste ano que seja inferior à inflação do período. A direção do sindicato ainda informou que o governo municipal anunciou que cumprirá a última parcela do reajuste salarial conquistado na greve de 2015 no percentual de 4,76% e que graças a inflação somada de 2015 até hoje, representa apenas 1,94% de aumento real nos nossos salários.

O Nossa Classe - Educação chama todos os professores e trabalhadores a exigir da direção do sindicato o cumprimento dessas medidas mínimas, mas destacamos que é possível e necessário muito mais do que apenas isso. É preciso encarar tanto o projeto do SAMPAPREV quanto os aumentos salariais quase nulos como expressões do mesmo projeto nacional golpista para educação que, como mencionamos no início desta nota, que atacam os profissionais da educação para abrir espaços para "reformar" toda essa área de conjunto, com medidas que visam aumentar a influência e os lucros dos grandes empresários estrangeiros na nossa educação, como fizeram com a Reforma do Ensino Médio.

É fundamental para nossa luta nos posicionarmos claramente contra esses ataques mostrando que sabemos bem quem são os inimigos da educação e do povo e nos organizarmos desde já com os métodos históricos dos trabalhadores, e não guardando nenhuma ilusão de resolução dos problemas através da via eleitoral. Acreditamos sim numa saída auto-organizada pelos trabalhadores com independência de classe para enfrentar o avanço do Imperialismo no país, sem qualquer ilusão em plataformas os manifestos de que visam reconstruir, por vezes de mãos dadas com os partidos da direita, o que foram os anos de conciliação de classes do PT, que nas poucas sucessões que fizeram a nossa classe paralelamente fortaleceu os grandes monopólios internacionais que agora querem sua fatia da educação básica (pois já tem do ensino superior), como a Kroton.

Vejam a intervenção do Mov. Nossa Classe Educação feita pela professora Grazi durante o R.E. de ontem:

 
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