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ECONOMIA
Retomada do crescimento? Previsões contrariam discurso do governo golpista
Redação

Enquanto ontem o golpista Michel Temer listava em discurso no Palácio do Planalto ações de seu governo que supostamente apontavam "saída do vermelho" como balanço dos últimos dois anos, hoje mesmo as manchetes das principais análises econômicas das mídias burguesas do país amanhecem indicando "perigo".

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Enquanto ontem o golpista Michel Temer listava em discurso no Palácio do Planalto ações de seu governo que supostamente apontavam "saída do vermelho" como balanço dos últimos dois anos, hoje mesmo as manchetes das principais análises econômicas das mídias burguesas do país amanhecem indicando "perigo".

"O Brasil voltou, 20 anos em 2", já dizia o slogan do presidente que, como um "ato falho", deixa nas entrelinhas que o país anda para trás. Como já anunciado pela Folha, G1 e Estadão, o indicador de atividade do Banco Central mostra queda de 0,74% em março, em relação ao mês anterior, e de 0,13% no ano.

Mesmo do ponto de vista das próprias análises da burguesia, não se pode afirmar a "recuperação da economia". As instabilidades vem preocupando os analistas de mercado, reduzindo suas expectativas para 2018.

O primeiro trimestre de 2018 foi marcado por recessão, contração do setor industrial, e de serviços. Após quase dois anos do golpe que veio para aprofundar a subordinação do Brasil ao capital internacional e intensificar a espoliação imperialista, nos deparamos com uma economia errática e um futuro imprevisível, segundo os próprios meios de comunicação que servem como alicerce do golpismo.

O processo de valorização do dólar que tem se expressado nos últimos meses atinge diretamente os países dependentes e endividados. O aumento do dólar e o consequente aumento da dívida externa, que está atrelada ao dólar, somado a outros indicadores como a recessão, pode vir a causar uma crise fiscal.

Só em 2018 no Brasil, a dívida externa dos estados aumentou em R$15,1 bilhões em decorrência da apreciação do dólar.

Diante de uma crise fiscal na Argentina, o governo Macri renegociou sua divida publica com o FMI essa semana, postergando os pagamentos sob juros de até 40% e sob diretrizes políticas de austeridade e arrocho salarial. Tanto na Argentina quanto no Brasil se faz necessario um programa de combate às reformas neoliberais que se confronte com o capital financeiro, pelo não-pagamento da dívida pública, que serve somente para aumentar os lucros dos banqueiros imperialistas as custas de suas semicolonias.

As tentativas do governo golpista de eufemizar o estado da economia para justificar seu projeto de ataques contra a classe trabalhadora e de maior subordinação ao capital internacional não condiz com a realidade. O desenrolar do projeto golpista tem mostrado ao longo dos últimos dois anos que seu objetivo real é intensificar o saqueio imperialista do Brasil.

O governo Temer, fantoche desse estreitamento do regime que se subordina a passos largos à atuação do imperialismo não poderá dar uma saída à recessão da economia brasileira. Tampouco os projetos desenvolvimentistas e neodesenvolvimentistas dos governos de carapuça vermelha, como o petismo, chavismo, ou demais programas reformistas que se aliem a setores burgueses. Não é possível vislumbrar uma efetiva superação dessa crise sem um rompimento com o rentismo imperialista, a reversão das reformas de Temer, a nacionalização o sistema financeiro, o não-pagamento da dívida pública, e o monopólio do comércio exterior. Só quem pode resolver esse impasse é a classe trabalhadora independentemente da burguesia.

 
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