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ARGENTINA FMI
[VÍDEO] Del Caño "Rechaçamos o pagamento da fraudulenta dívida pública"
Redação
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O deputado federal do PTS/Frente de Esquerda repudiou os austes tarifários e alertou contra o anunciado veto presidencial, ao qual qualificou como "recurso monárquico". Ademais, rechaçou o acordo com o FMI e defendeu a necessidade de um banco estatal único.

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"Nós vamos rechaçar esse projeto. Mas em primeiro lugar quero dizer que esta sessão, que vai votar este projeto, que significará maiores benefícios ao capital financeiro, para o capital especulativo, é uma vergonha. É uma vergonha porque, acima de tudo, justamente nesta situação nacional, não nos surpreendemos que Cambiemos [partido do governo Macri] conseguiu quórum para a votação desta lei graças ao Partido Justicialista [peronismo] de Argentina Federal, que votou a favor de todas as leis de entrega e ajuste deste governo desde que assumiu. Depois vamos discutir as tarifas. Nos perguntamos: todo isso das tarifas do PJ de Argentina Federal é um movimento em direção às eleições de 2019, e como vão discutir votando uma lei que aumentará os benefícios daqueles que estão causando grande parte dos problemas que tem hoje as grandes maiorias populares do país, o capital especulativo e financeiro?

Então, presidente, acreditamos que nesta situação, por isso propusemos este rechaço ao acordo com o Fundo Monetário Internacional que, insisto, não foi uma ligação telefônica, foi um anúncio oficial do presidente Mauricio Macri, digo, para aqueles que tiveram medo de votar um rechaço ao acordo com o FMI, e ademais, está claro como eles mesmos dizem, significa maiores ajustes, significa reforma trabalhista, o próprio governo diz isso em seu informe oficial, nós da esquerda nem sequer precisamos esclarecer isso para denunciá-lo como sempre fizemos, já é claríssimo o que estão dizendo.

Então presidente, para nós o que significa esta situação? Significa que o endividamento com o fundo monetário serve para pagar mais dívida. De 1983 até hoje, se somamos tudo o que pagaram todos os governos até aqui, são cerca de 500 bilhões de dólares. Trata-se de um saque constante, permanente, ao país e às grandes maiorias populares. A primeira coisa que dizemos é: desconhecer, não pagar esta ilegal, ilegítima e fraudulenta dívida externa.

Vimos [Domingo] Cavallo estes dias nos meios de comunicação, alguns dizem que ele assessorou o governo nesta volta ao FMI, nós defendemos abertamente não reconhecer esta dívida externa, Cavallo estatizou a dívida de grupos empresários como o da família Macri, pagamos 500 bilhões de dólares e devemos 320 bilhões, ou seja, pagamos 500 bilhões e ainda devemos 320 bilhões, é um mecanismo constante do imperialismo para saquear os países. Então, aqueles que dizem “é preciso pensar nos que menos tem”, muito bem, deviam ter pensado também quando pagaram 200 bilhões de dólares de dívida externa, e se vangloriaram de serem pagadores religiosos da dívida [refere-se aos governos de Cristina Kirchner], vangloriaram-se de serem pagadores religiosos da dívida nos governos anteriores, pagando essa dívida ilegal, ilegítima e fraudulenta.

Não apenas não pagar a dívida, porque isso é uma medida mínima, básica e elementar de soberania nacional, ninguém pode falar de soberania nacional se não deixamos de pagar essa dívida, e ademais, nestes últimos dois meses, se foram 7,2 bilhões de dólares, quantas casas, quantas escolas, quantos hospitais, quantos postos de trabalho se foram em dois meses junto à fuga destes 7,2 bilhões de dólares financiados pelo Banco Central? Parem de mentir, são todas mentiras: uma hora dizem que não vão voltar a pedir ajuda do FMI, no momento seguinte voltam ao FMI dizendo que este Fundo Monetário “não é o mesmo que antes”! O governo acha que o povo argentino é tonto! Por isso a deputada Elisa Carrió que há dois anos havia apresentado um projeto neste Câmara de repúdio ao FMI agora diz que ele é o grande salvador, Dujovne [Ministro da Fazenda] nos diz que “não é o mesmo de antes”, nos querem apresentar um rosto humano, mas sabemos o que significa desemprego, fome e miséria.

Por isso presidente, um conjunto de medidas que defendemos a partir da Frente de Esquerda, afetando os interesses dos grandes banqueiros, dos latifundiários e dos grandes grupos econômicos, é a única saída. Nós não queremos que os trabalhadores paguem por esta crise, como tiveram de pagar anteriormente, em 2001, como pagou em 1989 com [Raúl] Alfonsín e depois com [Carlos] Menem, ou com a ditadura genocida: queremos que esta crise seja paga por aqueles que a criaram, os grandes grupos econômicos, os capitalistas. Por isso é que vamos impulsionar a maior deliberação e mobilização do conjunto do povo trabalhador para impor uma saída favorável às grandes maiorias, à classe trabalhadora e a todo o povo.

Obrigado"

 
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