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DESABAMENTO DE OCUPAÇÃO / SP
Incêndio de prédio ocupado em SP faz vítimas e deixa centenas de famílias na rua
Redação

Uma pessoa morreu e outra desapareceu no incêndio do prédio de 22 andares no Largo do Paissandu, no centro de São Paulo, na madrugada desta terça-feira, 1º. Foi um incêndio de grandes proporções seguido de desabamento do prédio, que mostra a tragédia da situação urbana pautada pela especulação de imóveis. Prefeitura e Estado são responsáveis por esse crime!

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(Foto: Willian Moreira/Futura Press)

Um edifício vizinho também pegou fogo nos três primeiros andares, mas não corre risco de colapso. A Igreja Evangélica Luterana, que fica ao lado do prédio em chamas, também pegou fogo e parte da estrutura desabou. Os bombeiros ainda buscam por vítimas sob os escombros no início desta manhã. O prédio que desabou tinha mais de 20 andares e era uma antiga instalação da Polícia Federal.

O Corpo de Bombeiros confirmou que uma pessoa morreu durante o desabamento do prédio em chamas. A vítima que morreu estava sendo resgatada por corda pelos militares quando a estrutura do prédio desabou. Os militares abriram um acesso pelo edifício vizinho e a vítima já estava pronta para sair quando toda a estrutura colapsou. A corda que prendia a vítima se rompeu e ela caiu. Um bombeiro também ficou ferido durante o desabamento. Até o momento, confirma-se o desaparecimento de uma pessoa.

Gravação amadora do momento trágico do desabamento:

O prédio já havia passado por vistoria, na qual foram relatadas as péssimas condições do local às autoridades do município, mas nem o ex-prefeito Doria (PSDB), o ex-governador Geraldo Alckmin (PSDB) ou seu atual sucessor, Márcio França (PSB), se preocuparam com as centenas de famílias, muitas delas de imigrantes, que ocupavam o espaço.

O atual governador de São Paulo fala das condições irregulares e ilegais da ocupação do prédio, o que acaba por responsabilizar as famílias vítimas dessa tragédia, como se tivessem tido uma escolha, e sugere a desocupação das áreas de risco sem apresentar uma alternativa à elas. A verdade é que não tiveram, graças à política do próprio governador Márcio França, em favor dos lucros dos especuladores de imóveis urbanos. Nessa cidade, em que há mais móveis ociosos do que famílias sem onde morar, ao mesmo tempo em que leva ao espraiamento de ocupações em condições de risco eminente, como essa, alegra os donos desses imóveis nas suas mansões.

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Marcio França é diretamente responsável por essa tragédia, pois permitiu todos esses anos ao lado de Alckmin, que o mercado da gentrificação e especulação do espaço urbano negasse o direito à moradia de milhares de famílias por todo o estado. Os imóveis ociosos devem ser expropriados em favor dessas famílias, combinados com um plano de obras públicas que crie empregos, garanta as condições necessárias de moradia nas ocupações e atinja o lucro dos capitalistas especuladores. Mas também é necessário que esse plano sirva para a construção de moradias populares para que essas famílias tenham moradia digna e integrada à cidade (não precárias e segregadas como no programa petista, Minha Casa Minha Vida).

 
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