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TERCEIRIZAÇÃO NA USP
Centenas de pessoas no ato contra a segregação ao terceirizados no bandejão da USP
Redação

Aconteceu hoje, dia 10/4, no restaurante central da USP, ato contra as absurdas condições de trabalho a que estão submetidos os trabalhadores terceirizados no bandejão e na USP como um todo.

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Desde o dia 26 e março a sala de louça, setor com o trabalho mais pesado dentro do bandejão da USP, está terceirizado. No lugar de 10, até 14 trabalhadores efetivos, trabalham hoje 7 trabalhadores terceirizados, mais da metade mulheres. Embora ajudem na produção de milhares de refeições todos os dias, são proibidos de comer a comida que ajudam a produzir. Não tem direito ao BUSP (bilhete que garante o uso do ônibus circular da USP, benefício concedido a todos os estudantes e funcionários efetivos). A área destinada a alimentação dos terceirizados, o refeitório, fica separada, em outro prédio. E até mesmo o vestiário a reitoria da USP queria separar.

Saiba mais aqui: Trabalhadores terceirizados passam fome e são proibidos de comer no bandejão da USP

DENÚNCIA: Segregação e precarização nos bandejões da USP

O ato contou com a participação de funcionários efetivos, estudantes e juristas, todos denunciando a situação absurda dos trabalhadores terceirizados.

Diversas falas colocaram a necessidade de lutar contra a terceirização e pela efetivação imediata de todos os trabalhadores terceirizados. Denunciaram as brutais condições de trabalho a que estão submetidos os trabalhadores dos bandejões da USP. A maioria já com lesões de trabalho e restrições médicas causadas pela sobrecarga de trabalho.

Desde 2014 estão suspensas as contratações de funcionários efetivos na USP, tiveram dois PIDVs (Programa de Incentivo a Demissão Voluntária) fechando milhares de postos de trabalho e aprofundando a precarização dos bandejões. Agora avançam para terceirizar um setor inteiro, submetendo os trabalhadores terceirizados a condições terríveis de trabalho.

O escritório USP Mulheres foi cobrado pela Secretaria de Mulheres do Sintusp por até o momento não ter se manifestado sobre as condições das trabalhadoras terceirizadas.Estudantes mostraram solidariedade cobrando também o DCE que organize a luta dos estudantes contra os ataques à universidade e a condição de trabalho dos terceirizados.

Ao fim do ato, representantes do SINTUSP, da Secretaria de Mulheres trabalhadoras, dos estudantes e o DCE se reuniram com a direção da SAS, representada pelo vice representante Hamilton Pedroso dos Santos, para discutir as demandas levantadas pelos trabalhadores efetivos para garantir melhores condições de trabalho e dignidade aos trabalhadores terceirizados. Constatou-se que não há qualquer impedimento legal para que a USP possa fornecer alimentação aos trabalhadores terceirizados da sala de louça. Lembrou-se que diariamente quilos de comida são doadas ou descartadas, enquanto se negam 7 refeições aos trabalhadores terceirizados. A SAS concordou em não manter a política segregacionista nos vestiários, mantendo a utilização dos mesmos vestiários dedicados aos trabalhadores efetivos também pelos terceirizados. Nova reunião será marcada, com a presença do superintendente da SAS Fábio Guerrini, para seguir a negociação para garantir que os trabalhadores terceirizados possam se alimentar da comida produzida nos bandejões onde trabalham.

A coleta de assinaturas para o abaixo-assinado segue com força e novas ações de mobilização e unidade entre trabalhadores efetivos, terceirizados e estudantes continuam até a resolução do conflito.

O Sintusp (Sindicato dos Trabalhadores da USP), assim como o grupo de Mulheres Pão e Rosas, o Movimento Nossa Classe e o Quilombo Vermelho levantam com toda a força a necessidade do fim da terceirização e imediata efetivação de todos os trabalhadores terceirizados. Igual trabalho, igual direitos e igual salário!

 
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