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Escola pública como espaço de combate: mês da mulher na EE Clotilde Peluso
Maíra Machado
Professora da rede estadual em Santo André, diretora da APEOESP pela oposição e militante do MRT
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A partir de identificar o machismo presente nas salas de aula e nas relações sociais dos alunos fora da escola, os professores do Clotilde, decidiram em seu planejamento anual, fazer palestras, discussões e um resgate histórico do papel das mulheres nas ciências, na educação, nos esportes e nas grandes transformações sociais.

Os professores de História, Filosofia e Sociologia organizaram com o Ensino Médio, discussões em sala de aula sobre a história da luta das mulheres na Revolução Francesa e na Revolução Russa. Mostraram também as lutas feministas que ocorrerem em todo o mundo nos últimos anos.

O Ensino Fundamental fez um lindo painel, junto às professoras de artes, onde diziam através de mensagens qual era a mulher mais importante em suas vidas. É claro, que muitas mães trabalhadoras e guerreiras foram lembradas por esses pequenos alunos.

Com professoras e professores da Biologia, Química e Física, os alunos do Ensino Médio assistiram ao filme “Estrelas Além do Tempo” e fizeram um resgate das mulheres na ciência, debatendo uma visão de que o machismo e o racismo caminham lado a lado. Depois montaram uma exposição com as fotos das mulheres importantes para a ciência.

A Educação física mostrou que também pode explicar a questão da mulher. Os alunos pesquisaram a história das mulheres no esporte e fizeram uma linda exposição mostrando quem são essas mulheres e contando sua história. No mural organizado pelo professor de Educação Física, podemos ler que “lugar de mulher é onde ela quiser”.

O Pátio da escola e o corredor da secretaria ganharam desenhos de mulheres negras com frases de combate à opressão dos padrões de beleza. Um painel foi montado com frases sobre a liberdade das mulheres.

Toda essa atividade foi preenchida de discussão sobre a violência contra a mulher e a opressão de Gênero com uma palestra para o matutino e outra para o noturno de Marcia Garcia, que é o Movimento Feminista de Santo André. Também foi discutido com os alunos o que são os direitos humanos e a questão da mulher negra no Brasil, com a palestra do defensor público de Santo André, Giancarlo Silkunas Vay e também com Vanessa Oliveira do Grupo de Mulheres Pão e Rosas.

Fechando os trabalhos, os alunos dos terceiros anos participaram de uma audiência pública sobre a violência contra a mulher na ALESP e além disso, puderam pautar o significado do assassinato de Marille.

As iniciativas dos professores e alunos do EE Clotilde Peluso, resgatam o papel da escola como espaço de choque e conhecimento. O mês de março foi um mês vivo de atividades e curiosidades, importante ponto de apoio para combater o machismo estrutural presente em nossa sociedade e também para questionar o papel da educação e da escola pública.

 
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