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DIREITA GOLPISTA -
Ato do “Movimento Brasil 200” com MBL: mais do que a defesa da Intervenção Federal, a defesa da miséria capitalista
Gabriel Felipe

Como a força empresarial no Brasil garante seus privilégios por meio do Movimento Brasil 200, que crê em uma perspectiva de liberalismo econômico vendendo um discurso anticorrupção para ludibriar a classe trabalhadora?

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No último domingo, 25 de março, o Movimento Brasil 200 (formado principalmente por parte da cúpula empresarial brasileira) juntamente com MBL estiveram em um ato em Copacabana, zona nobre da cidade do Rio de Janeiro.

Segundo o movimento liderado por Flávio Rocha (empresário semi-escravista, CEO da rede de lojas de departamento Riachuelo e pré candidato à presidência) a principal pauta do ato era a defesa das atuais políticas aplicadas pelo Governo Federal como saída para a massiva e crescente violência pública do RJ. Nesse caso tendo como principal medida adotada a Intervenção Federal no estado.

A Intervenção, que por sua vez, além do caráter opressor e arbitrário, impacta de fato a vida do trabalhador e morador de zonas periféricas do Rio de Janeiro, ou seja o morador da favela. Historicamente, o resultado da violência policial e militar no Rio de Janeiro tem endereço nas periferias, um endereço que vive um paradoxo social se relacionado com a região da cidade onde o ato organizado, pelo Movimento Brasil 200 se concentrou.

Além de saírem em defesa da intervenção e das medidas policiais, o ato também teve a distribuição de adesivos para 25 mil lojistas com a inscrição “Eu apoio as nossas tropas”.

Os dois principais fatores a serem avaliados em relação ao ato de domingo é o caráter dele e o perfil de quem participou. Todas as pautas abordadas e defendidas vem aparentemente de uma parcela da sociedade brasileira que ignora e/ou não se preocupa com a relação opressiva que as instituições policiais e militares tem com a classe trabalhadora esquecida e negligenciada nas periferias de todo o Brasil. Onde não apenas são vistas pela burguesia como reféns da violência mas na verdade são generalizadas como parte do problema de violência pública, a marginalização de pessoas negras e pobres é quase que instantânea.

Movimentos como Brasil 200 que são pensados por um núcleo, um grupo de pessoas que faz parte da pequena parcela da população brasileira privilegiada provam que os interesses políticos, sociais e econômicos sempre andam juntos. Mesmo a indústria por de trás de movimentos como esse venderem a utopia de um sistema onde o mercado é livre mas todo resto é prisioneiro dele, principalmente a classe trabalhadora e seus filhos.

Por isso é necessário pensar uma perspectiva fora do nosso atual sistema, que mata e torna refém todo dia milhões de pessoas, oprimindo-as para que funcionem apenas para manter de pé um Brasil de alguns 200, onde outros milhões sem rosto morrem todo dia sem o direito ao básico garantido.

Mais do que nunca é necessário se distanciar do parlamentarismo burguês e fortalecer ideias que nos garantam outro sistema, a partir das ideias anticapitalistas.

 
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