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SÃO PAULO
Campanha salarial metroviários: contra a privatização e a continuidade do golpe. Marielle vive!
Rodrigo Tufão
diretor do sindicato das Metroviárias e Metroviários de SP e do Movimento Nossa Classe
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O ano de 2018 começou com uma escalada nos ataques aos direitos dos trabalhadores. Em diversas categorias a reforma trabalhista vem sendo aplicada a todo vapor. Em SP o leilão para a privatização da Linha 5 do Metrô, mostrou que o governo não está disposto a dialogar e quer acabar com o Metrô público. Mesmo com a greve que nós metroviários fizemos em janeiro contra a privatização o leilão foi realizado, mostrando que precisamos fazer mais para poder brecar a ânsia pela privatização que o governo de SP se encontra.

Entretanto os metroviários seguem resistindo contra os ataques de Alckmin, mas é preciso fortalecer a luta ainda mais neste momento contra as demissões no Metrô, pela equiparação salarial dos trabalhadores, pela manutenção do acordo coletivo sem ataques à escala de trabalho e contra a implementação do banco de horas. Devemos seguir o exemplo da brava luta dos professores municipais contra a reforma da previdência de Doria para derrotar os ataques dos governos que querem fazer com que os trabalhadores paguem por uma crise não gerada por eles.

Como continuidade desses ataques aos direitos dos trabalhadores, na política, apesar do recuo na reforma da previdência, o governo golpista de Michel Temer decretou uma intervenção federal no RJ. Em uma tentativa de se colocar como candidato em 2018, Temer aumenta a escalada de repressão, dando poder para o exército cuidar da segurança pública no RJ. Uma intervenção que em nada vai resolver o problema da violência urbana no estado, pelo contrário, a tendência é aumentar, seguir matando os jovens negros da periferia e tentando calar vozes como as de Marielle.

Na última semana o caso mais emblemático do abandono e uso político na administração do estado carioca foi a execução sumária da vereadora do Psol pelo RJ Marielle Franco. Uma reconhecida atuante na causa dos direitos humanos. Um caso que chocou o país, que colocou a olhos nus, o desastre da polícia carioca e a demagogia da intervenção federal. Dezenas de milhares de pessoas foram pra rua em diversas cidades do país, mostrando que não vamos aceitar que as liberdades democráticas sejam caladas por quem comanda o estado brasileiro e suas forças armadas, e que devemos exigir uma investigação independente do seu assassinato.

Para fortalecer nossa campanha salarial, os metroviários não podem se furtar a esse debate. Precisamos expressar nosso repúdio à essa execução e defender as liberdades democráticas. Só levantar nossas demandas sindicais não é o suficiente para conseguirmos vencer na atual conjuntura do país, ainda mais com as centrais sindicais (como CTB, CUT, entre outras) que colocaram um freio na luta dos trabalhadores no último período, e o PT que segue conciliando com a mesma direita golpista.

Precisamos fazer uma campanha salarial diferente. O governo não está disposto a negociar. Eles já deixaram claro que vão acabar com o Metrô público, e é necessário dialogar com a população organizando a abertura de catracas em nossa luta. Um dia de Metrô gratuito, contra a privatização. Usar um colete que repudie a execução de Marielle e que diga não à venda do Metrô aos grandes empresários. Precisamos nos colar com o sentimento de repúdio que existe a esse crime político que marcou o país.

Por isso o Sindicato dos Metroviários de SP tem que organizar na base esse grande plano de lutas para ganhar o apoio da população e defender as liberdades democráticas vai fortalecer a categoria para enfrentar os ataques do governo de SP. Chamar os rodoviários e a CPTM para encabeçar junto com a gente essa luta, para dizer bem claro que a reforma trabalhista não se aplica nos transportes de SP. Fazer uma campanha intensiva com coletes a abertura de catracas, dialogando com a população e chamando todo o transporte de SP para unificar a luta. Assim podemos ter força para colocar o governo contra a parede e brecar os ataques a nossos direitos. Caso o governo não recue, fazer uma grande greve em maio, com apoio popular e organizada na base das categorias.

 
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