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JOÃO DÓRIA
Hipócrita, prefeito Dória compara promessas de campanha a juras de amor não cumpridas
Patricia Galvão
Diretora do Sintusp e coordenadora da Secretaria de Mulheres. Pão e Rosas Brasil

Em entrevista ao programa Café com Jornal o prefeito de São Paulo, João Dória, comparou as promessas não cumpridas de campanha à juras de amor de um casal na beira do altar. Como não existem contos de fada, o amor acaba e as promessas não são cumpridas. Parece que o amor acabou cedo para João Dória, o "prefeito-gestor".

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“Quantos maridos, quantas esposas, fazem suas promessas de casamento numa cerimônia religiosa, com testemunhas, com juramentos, com juras de amor e às vezes se separam?” É assim que João Dória responde a pergunta a respeito das promessas feitas aos seus eleitores no final do ano passado. Diversas vezes o prefeito afirmou que terminaria seu mandato, que nada o impediria de fazê-lo. Chegou a assinar um documento escrito pelo portal Catraca Livre reafirmando a posição.

Essa história de amor que não deu certo com São Paulo termina entre tapas e beijos. Primeiro o prefeito tentou convencer os cidadãos que o chamado Corujão da Saúde era a panaceia para resolver a saúde pública e as longas filas de espera. O que ele não disse é que enquanto as filas por atendimentos continuam gigantescas e as unidades básicas sofrendo com falta de funcionários e condições de atendimento os beijos são dados ao empresariado da saúde que lucram com as cirurgias e exames propagandeados por Dória. O prefeito fortaleceu o setor privado, usando procedimentos caríssimos de vitrine, mas os procedimentos e consultas básicas à população, que não serve para angariar votos, são abandonados. Fortaleceu também contratações via empresas terceirizadas, que significa baixíssimos salários, contratos vulneráveis e precarização para os trabalhadores da saúde. O prefeito dizia que amava São Paulo, mas amor mesmo só sentia pelos patrões. Casou com uma mas amava mesmo era outras.

Saiba mais: Entenda porque o Corujão do Dória piora a saúde pública

Aliás, nunca foi um casamento, foi gestão.

Teve também a Farinatta. A ração que Dória queria servir à moradores de rua e nas merendas escolares. Negando as aparências e disfarçando as evidências, Dória quis enganar as crianças, mas a verdade e que nem seu secretário, Filipe Sabará, conseguiu engolir a ração. Mas evidentemente, o caso de amor de Dória era com os ricos empresários.

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A entrevistadora do Café com Jornal ainda lança uma primeira provocação a Dória. Ela diz que ele se elegeu como gestor, mas promessas não cumpridas são coisa de político: “o que o senhor está fazendo agora é política convencional, renunciar para tentar outro posto, como o senhor vai explicar isso pro seu eleitor?”

Pausa longa...

“Falando a verdade, exatamente a verdade” respondeu o gestor. Pausa para risos, afinal ele acabava de admitir que promessas políticas são tão falsas como as juras de amor eterno à beira de um altar. O amor acabou e o divórcio com separação de bens deixou nada aos moradores de São Paulo. A divisão de bens deve ser litigiosa.

Ainda questionado sobre o alto investimento no asfalto em detrimento da saúde e educação, “pergunte aos seus vizinhos da periferia se eles não querem asfalto novo para que seus ônibus caiam em buracos e eles consigam chegar mais rápido nos seus destinos”. Mas esqueceu de falar que asfalto é rápido, vitrine política de quem tem poucos meses para mostrar serviço. Investiu em asfalto, mas também investiu em propaganda do asfalto. 5 milhões só para propaganda do projeto asfalto novo. Dá-lhe gestor!

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Ele ainda afirma que quer ajudar Alckmin a ser presidente. Essa dobradinha vai acelerar os projetos privatistas e entreguistas, afinal se cumprir suas promessas de campanha Alckmin, com ajuda de Dória, promete “O que fizemos em SP, podemos fazer no Brasil inteiro.” Promessa em tom de ameaça.

Faltou ainda Dória falar que nesse processo de divórcio nessa divisão de bens, quer que os professores e servidores de São Paulo percam 19% dos seus salários com o Sampaprev. E vale tudo, entre tapas apenas, como se viu na câmara de vereadores, onde professoras e professores foram brutalmente agredidos.

Nesse drama sertanejo, que lembra a música de Marília Mendonça Infiel, expulsemos Dória do coração e de São Paulo!

Afinal não era amor, era cilada!

Veja a entrevista completa aqui:

 
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