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CORRUPÇÃO NA SAÚDE
UPA’s de lata saíram mais caro que prédios comuns e empresa ainda ganhou isenção de Pezão
Redação
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Uma auditoria do Tribunal de Contas da União (TCU) verificou que as novas Unidades de Pronto Atendimento (UPAs) de lata que foram construídas no estado do Rio de Janeiro ficaram mais caras do que se fossem construídas em alvenaria e significam um desvio milionário de verba.

O TCU apontou que a empresa escolhida para a construção dos contêineres não pagou mais de R$300 milhões em impostos e que o material utilizado, o aço, valorizou o preço mais do que se elas fossem construídas com tijolos. O custo de uma UPA convencional seria de R$1,5 mil o metro quadrado, em junho de 2009, enquanto que a metálica nessa mesma época seria de R$2,1 mil o m². Hoje, a estrutura metálica do contêiner custou R$2,3 mil o m², 11% acima do preço do mercado.

Quem forneceu o material foi a metalúrgica de Ronald de Carvalho, chamada Valença, que, duas semanas antes do pregão, o governador Pezão já poderia ter identificado a cotação maior do seu orçamento. A empresa MBP, também de Ronald de Carvalho, Isoblock já teria apresentado um orçamento de R$1,8 mil o m².

A escolha de Pezão, do MDB (ex-PMDB), que, na época, era vice-governador e secretário de Obras, não foi à toa, até porque Ronald de Carvalho foi sua indicação para a disputa da licitação. Segundo o ex-secretário da Saúde, Sérgio Cortes, “O vice-governador Pezão, ele me disse ‘Olha, eu tenho uma pessoa em Barra do Piraí que ele monta isso muito rapidamente, são painéis de aço, chama-se Ronald Carvalho, vamos lá visitar essa empresa’”, em depoimento.

Além disso, Cesar Romero Vianna Junior, ex-subsecretário de Saúde, delatou que Sérgio Cortes realizou um jantar em sua casa para definir o valor do repasse de propina que a construção de cada UPA poderia gerar e a conclusão foi de R$1 milhão para cada uma delas. O jantar contou com a presença dos empresários Miguel Iskin, Arthur Cesar e Ronald de Carvalho.

Segundo informações do portal G1, durante o período de 2009 a 2016, a metalúrgica Valença estava em dois programas de isenção de impostos, deixando de pagar R$316 milhões de reais.

Ainda que a Secretaria Estadual de Saúde não tenha recebido nenhuma notificação até agora, o TCU disse que encaminhou o relatório à secretaria estadual de Saúde, ao Tribunal de Contas do Estado e ao Ministério Público Estadual.

De fato, a escolha de Pezão não deixa de ser parte do projeto golpista de garantir o lucro dos ricos empresários, com propina e isenção de impostos, enquanto que os trabalhadores e a juventude são atacados com a PEC do Teto de Gastos com saúde e educação congelados durante 20 anos e têm que ser atendidos em UPAs de lata.

 
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