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Metroviários de São Paulo iniciam campanha contra a privatização da Linha 5 do Metrô
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Na noite da última quarta-feira (29/07) em assembleia realizada na quadra do Sindicato dos Metroviários de São Paulo foi aprovada a campanha contra a privatização da Linha 5 do Metrô, anunciada pelo governador Geraldo Alckmin no último dia 21. Como mote a campanha terá o seguinte slogan: “Contra a privatização, tirem as mãos da Linha 5” e serão tiradas medidas de luta em conjunto com diversos setores dos movimentos sociais e sindicais no próximo dia 11 de agosto, às 18 horas, no próprio Sindicato dos Metroviários.

Em entrevista ao Esquerda Diário depois da assembleia, Alex Fernandes, secretário geral do Sindicato dos Metroviários de São Paulo, apontou que “a luta dos metroviários contra a privatização do Metrô de São Paulo, sobretudo o início que é a Linha 5, é uma luta que vai perdurar como se fosse uma guerra efetivamente. O quê está colocado para a população, e para os metroviários, é uma precarização dos serviços, é demissão de trabalhadores, é aumento de tarifa e o quê significa é a necessidade da resistência”. Falou também ao portal o presidente do sindicato Altino Prazeres lembrando que “a campanha foi aprovada por unanimidade pelos companheiros” e que “a privatização começa na Linha 5 e, obviamente, vai se expandir pro restante das linhas”.

Felipe Guarnieri, delegado sindical da estação Santa Cruz e membro da Cipa da Linha 1 Azul, interveio na assembleia colocando que a “maioria das empreiteiras que estão envolvidas em casos de corrupção e que agora vão disputar as licitações da linha 5 e das demais linhas de expansão, são as mesmas multinacionais que estão no caso da Operação Lava Jato, na Petrobrás”. E ainda ressaltou que “o país vive uma situação política de crise do governo do PT aberta no pós-junho de 2013, onde tiveram várias greves de trabalhadores, movimentos de juventude que começaram a questionar o regime político. A direita tenta hoje capitalizar esse processo, tenta capitalizar a insatisfação popular e por outro lado a gente vê as centrais governistas, como a CUT e a CTB, tentando blindar o governo”. E finalizou assinalando que “a maneira pela qual a gente tem que lutar contra a privatização da linha 5 e contra a privatização do Metrô tem que passar pela necessidade da criação de um polo classista, antigovernista e antiburocrático. Enquanto essa alternativa não tiver posta pros trabalhadores, pra juventude e pra população, a direita em São Paulo vai continuar se fortalecendo. É necessário a partir do Sindicato dos Metroviários junto com as oposições sindicais do conjunto do Estado de São Paulo, com o Sindicato dos Trabalhadores da USP, com todos os setores da esquerda, os movimentos sociais, a gente começar a criar esse polo porque a partir daí que vai começar a se organizar uma aliança dos metroviários, dos trabalhadores, com a população.”

Sobre a necessidade de construir o plano de luta na base da categoria metroviária, Guarnieri comentou: "É nítido na categoria, já há muito tempo, que o sindicato está afastado da base. Às vezes até está com uma política acertada, mas o trabalhador já está desconfiado porque não vê cotidianamente os diretores. Na linha 5 há um grande sentimento de abandono, e todos temos que ter claro que se não houver uma campanha política construída na base não conseguiremos dar uma resposta à política de privatização de Alckmin na linha 5 e em todo o Metrô."

 
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