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CORRUPÇÃO DO PSDB
Secretário de Dória é condenado por fraudar licitações do Metrô de SP
Úrsula Noronha
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FOTO: Sérgio Avelleda / Reprodução/Facebook

O ex-presidente do metrô de São Paulo e atual secretário municipal de Transporte da gestão de João Dória (PSDB), Sérgio Avelleda, foi condenado à perda de função pública e suspensão de direitos políticos pelo prazo de cinco anos e ao pagamento de R$ 326,9 milhões de ressarcimento do prejuízo aos cofres públicos nesta quinta-feira (15) por improbidade administrativa, ou seja, desonestidade.

Expondo a máfia que é a privatização das linhas do metrô de São Paulo e para que ela serve, Avelleda e mais 12 empresas são acusados de fraudar licitações para a construção da linha 5- Lilás em 2010. Avelleda dirigiu o Metrô e a CPTM nas gestões de José Serra e Geraldo Alckmin, que são: OAS, Galvão Engenharia, Serveng, Andrade Gutierrez, Mendes Júnior, Heleno, Carioca, Cetenco, Queiroz Galvão, Triunfo, CR Almeida e Consbem. As empresas não se manifestaram.

A justiça também reconheceu o acordo de delação premiada celebrado entre a empreiteira Camargo Corrêa e o Ministério Público na área civil no qual a empresa confessa atos de improbidade administrativa.

O processo surgiu com uma reportagem da Folha de S. Paulo de outubro de 2010 que falava já saber do conflito meses antes da contratação. Avelleda afirmou que não sabia de nada sobre o cartel e não poderia ter anulado o contrato apesar de ser diretor-presidente do metrô, mas a juíza Simone Gomes Rodrigues Casoretti questionou a afirmação.

De acordo com a sentença da juíza, os réus “agiram como verdadeiros donos da obra pública e decidiram, muito tempo antes da entrega e abertura dos envelopes, com qual parte da obra ficariam e, para tanto, apresentaram para o lote desejado proposta com valor bem aproximado ao indicado no orçamento do Metrô e para os demais lotes que não tinham interesse valor superior para que esses não saíssem vencedor”, o que expõe completamente todo o jogo sujo da privatização e escancara quão demagógicos os patrões são para lucrar mais.

O coloborador Jorge Arnaldo Curi Yazbel, gerente do consórcio CCCC, um dos envolvidos na obra, disse à Justiça que, ao assumir o projeto, tomou conhecimento que houve um acordo entre as empresas, e também falou que foi feito um pagamento para um diretor do Metrô como “ajuda prestada na elaboração para direcionamento do edital”.

Avelleda afirma que recorrerá a sentença e, em suas declarações disse coisas absurdas, como “O prejuízo seria muito maior se não tivéssemos feito a obra e esperado a conclusão se havia ou não cartel". Esse caso e as declarações são revoltantes, mas não são surpresa. A privatização em massa do metrô nunca veio pra trazer mais qualidade aos trabalhadores ou aos usuários, e sim para trazer mais lucro para o patrão. Por isso, é preciso que lutemos pela estatização total de todas as linhas, e para que o metrô possa ficar sob controle dos trabalhadores.

 
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