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VIOLÊNCIA NO RJ
Cenário de guerra no Rio de Janeiro nesta quinta e quem paga é o trabalhador
Larissa Silva
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Desde 9h da manhã desta quinta-feira, 25 de janeiro de 2018 os moradores da Rocinha no Rio de Janeiro passam horas de tiroteio, a polícia invadiu a zona Sul do Rio aterrorizando os moradores disparando tiros para todos os lados deixando o local em risco. A operação durou horas. 

Os moradores da Rocinha usam as redes sociais para publicar fotos mostrando a truculência da polícia. Um morador relata “os tiros não param”. A imagem compartilhada mostra a mão do morador cheia de cápsulas de balas, perto de um berço. "Na minha mão, 1% das cápsulas de balas que estão na minha casa e no fundo do berço do meu filho que está prestes a nascer!".

Segundo o morador da Rocinha que será pai conta em seu post do Facebook, a comunidade está tomada pelo desespero de quem precisa sair de casa para trabalhar, mas é impedido pela insegurança. "São trabalhadores que não podem sair de casa, são crianças que não podem brincar na rua, são idosos, como meu avô que teve que descer correndo pra casa em meio a todo esses tiros”.

A suposta política de combate às drogas tem significado repressão e insegurança à população. A polícia de repente decide fazer uma operação subindo o morro com armas na mão, os verdadeiros esquemas e patrões do crime muitas vezes nem estão na periferia, e nesta "guerra", a população trabalhadora é que sofre sufocada pela militarização nas ruas, enquanto empresários lucram com a proibição das drogas.

Como alvo nesta guerra no fim das contas quem mais sofre é a população negra, principal vítima dos disparos. Falamos em um encarceramento em massa nos presídios femininos. Teoricamente os comandantes destas operações estariam visando a saúde e o bem-estar da população, mas é impossível ver fotos e ler esses relatos e acreditar que essas operações sangrentas que matam milhões de jovens, crianças, idosos, e trabalhadores nas periferias são para a nossa segurança. Que segurança?

Não bastasse sofrer com a enorme crise econômica no Rio de Janeiro, e os buracos deixados pela corrupção, com o desemprego, e miséria da super-exploração do trabalho gerada pela Reforma Trabalhista, essas famílias ainda convivem com o medo e o risco de morte cotidiano. Não vamos aceitar essa realidade, e que os empresários, os políticos sigam enriquecendo às custas da retirada da vida da juventude e crianças, mulheres e idosas nas favelas. Vamos seguir por mais pela vida dos negros e negras, por educação de qualidade, e por saúde. 

 
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