A partir do dia 16 de janeiro as linhas intermunicipais de ônibus operadas pela EMTU já estarão rodando com tarifa reajustada, segundo a Secretaria de Estado dos Transportes Metropolitanos (STM). Reajuste este que irá afetar a região das sete cidades uma vez que são diversas linhas intermunicipais que atuam na região ligando as cidades entre si e à grande São Paulo.
A tarifa das linhas intermunicipais será reajustada em 4,33%. Segundo o governo, o aumento se justifica principalmente pelo aumento da gasolina (12%), alem dos custos de mão-de-obra e a inflação. Segue a lógica de sempre: tudo é reajustado, menos os salários(afinal de contas alguém tem que pagar a conta).
Em São Paulo as tarifas dos ônibus municipais, trens e Metrô já foram reajustadas de R$ 3,80 para R$ 4,00 desde 7 de janeiro. Assim como a tarifa integrada dos ônibus municipais com os trens de Metrô e da CPTM passou de R$ 6,80 para R$ 6,96.
Na região do ABC os prefeitos seguem “aguardando” os empresários, que em algumas cidades já solicitaram o reajuste junto às prefeituras, para definirem quando e qual será o reajuste das tarifas dos municipais. No entanto, o Sindicato das Empresas de Transporte Coletivo do ABC informou que pretende protocolar, até sexta-feira (12/jan), pedido de revisão tarifária junto às administrações. Entre as justificativas para a medida estão o aumento dos custos operacionais, em especial com gasolina, óleo diesel e mão de obra.
Gratuidade para aposentados e estudantes está ameaçada
Além desse cenário de aumentos das tarifas logo no inicio do ano, as prefeituras do ABC já anunciaram intenção de nos próximos 30 dias reverem a concessão de gratuidades nos transportes da região. Com argumento de que houve um aumento nos benefícios de gratuidade para estudantes e aposentados nos últimos anos e também ligado à crise financeira(que dizem passar) os empresários pretendem realizar um “pente-fino” nas concessões. O que provavelmente deve tornar mais dificil o acesso ao beneficio e reduzir, portanto, as pessoas que utilizam do mesmo.
Diante dessa onda de ataques que vemos no setor do transporte que visa jogar nas costas dos mais pobres e trabalhadores a conta dessa crise e da inflação, devemos os trabalhadores resistir à mais esses ataques ao nosso direito de ir e vir. Retomando o espírito de 2013, devemos sair às ruas e exigir a revogação do aumento. Exigir que as direções sindicais organizem de fato uma greve dos transportes para barrar mais esse aumento no custo de vida da classe trabalhadora.
|