As informações foram prestadas pelo presidente do Sergás, sindicato patronal que representa as empresas do setor de revenda de gás em São Paulo, que afirmou que o aumento do número de revendas sem pontos fixos, oferecendo o produto em carros e motos está diretamente ligado ao aumento do preço dos botijões de gás.
Estas revendas clandestinas não atendem a diversas exigências que os estabelecimentos regulares têm de cumprir e por isso revendem o botijão de gás a um preço mais barato que o cobrado nestes estabelecimentos. Ainda segundo o presidente da Sergás houve um aumento de pelo menos 30% na prática clandestina desde a alta dos preços, os revendedores clandestinos compram dezenas de botijões de uma vez com desconto nas distribuidoras e os revendem ao consumidor por valor menor que o praticado nas revendas legais.
No mês de dezembro sete pessoas chegaram a ser presas na cidade de Amparo pela prática. Foram apreendidos 600 botijões pois os revendedores não tinham autorização da ANP (Agência Nacional do Petróleo).
O preço do botijão de gás teve a maior alta em 15 anos após a Petrobras iniciar uma nova política de reajuste que acompanha mais de perto as cotações praticadas internacionalmente. Descontando a inflação o aumento foi de 16,39% para R$ 66,53 segundo a ANP.
No meio desta situação a população e os trabalhadores são os maiores prejudicados tanto por estarem expostos ao risco de comprarem botijões clandestinos que oferecem risco de morte, com possibilidade de explosões e incêndios, mas também pelo preço altíssimo que está sendo praticado e que nem de longe condiz com a realidade dos salários da maioria das famílias brasileiras.
Todo trabalhador tem o direito de receber um salário digno que possa suprir suas necessidades e despesas e de sua família e não apenas um salário mínimo de R$ 937,00 que mal dá para sobreviver. Enquanto os grandes escândalos de corrupção que atingiram a Petrobras refletem diretamente na vida de milhões de trabalhadores, seguem impunes os políticos privilegiados que são também os responsáveis por votar as reformas que retiram nossos direitos.
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