O “acerto de contas” é justificado pela “situação crítica” enfrentada pela empresa, que diz passar por dificuldades e sem condições de manter os mesmos gastos.
O mais chocante é que os trabalhadores demitidos terão os seus direitos pagos parcelados em oito vezes e a primeira parcela só sairá em maio de 2018. Ou seja, além destes trabalhadores estarem sendo jogados na vala do desemprego e ficarem vários meses sem receber um centavo, a Reforma Trabalhista ainda trouxe, com o parcelamento do recebimento dos direitos, a incerteza também sobre a garantia de recebimento destes direitos.
É isso o que acontece quando o negociado pode se sobrepor ao legislado. A reforma trabalhista veio para beneficiar aos empresários e não aos trabalhadores.
A crise econômica que o país enfrenta hoje é descarregada em primeiro lugar nas costas dos trabalhadores e do povo pobre. Trabalhadores estão entrando para as estatísticas das demissões sem nenhuma garantia de vida futura.
Os trabalhadores sabem que estas reformas vieram a contragosto da classe trabalhadora. É preciso que as centrais sindicais lancem imediatamente um plano de lutas que tenha como primeiro passo a revogação da reforma trabalhista e que barre a reforma da previdência e outras reformas que retiram direitos dos trabalhadores.
É neste sentido que o Esquerda Diário tem se colocado a denunciar a traição das centrais sindicais, que com sua trégua ao governo, tem se recusado a chamar greve geral que seja amplamente construída nas bases das categorias. Precisamos nós, os trabalhadores, nos organizar nos locais de trabalho e estudo e exigir das centrais uma urgente nova paralisação no país.
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