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CORTES NA EDUCAÇÃO
Criança de 8 anos desmaia de fome em escola que não dá almoço no DF
Kelly F. Alonso
Professora da rede pública de São Paulo
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Essa semana no Distrito Federal um estudante de 8 anos foi atendido pela equipe do SAMU na escola em que estuda por ter desmaiado durante a aula. Durante o atendimento, funcionário do SAMU praticamente chorou ao perceber que o desmaio era devido à fome; segundo a criança, a última refeição que fez foi um mingau de fubá na noite anterior. "Em nota encaminhada à TV Globo, a Secretaria de Educação disse que não oferece almoço às crianças porque não há ensino integral na unidade. Os alunos recebem apenas um lanche que, segundo funcionários da escola, é composto por biscoito e suco na maioria das vezes"

Essa tem sido a realidade de mais de 250 crianças que, por não terem escolas disponíveis nos arredores de casa, precisam se deslocar cerca de 30km para estudar. As aulas começam às 13h mas devido à distância, as crianças saem de casa por volta das 11 da manhã, mesmo assim a escola oferece somente suco com alguns biscoitos para lancharem.

Em todo território nacional, infelizmente essas atrocidades cada vez mais frequentes; Num país onde políticos recebem cerca de R$ 1.600,00 de auxílio-moradia e cerca de R$1.200,00 de ajuda de custo (sem contar o restante dos benefícios que, fora o salário, chegam a R$143.847,91 POR PARLAMENTAR / MÊS) as crianças e jovens de nosso país tem de enfrentar situações cada vez mais precárias para poderem estudar, morar ou se locomover e os parlamentares do Estado, seja ele distrital, mineiro, nordestino ou paulista procuram a cada dia tornar essa realidade mais e mais sub-humana Os pais e responsáveis destes jovens e crianças em sua maioria, mesmo trabalhando arduamente em jornadas que chegam a 12h de trabalho, não conseguem renda suficiente para fornecer a seus filhos uma dieta alimentar de qualidade.

E qual tem sido a postura de governadores e prefeitos diante dessa realidade? Absurdos cortes na educação, saúde e transporte público enquanto seguem fazendo acordos para isentar empresas bilionárias de seus devidos impostos e suas dívidas (que não são poucas). Portanto, segue sendo imprescindível a luta dos professores, da classe trabalhadora, do movimento estudantil e tantos outros segmentos para derrotarmos as medidas grotescas que estão sendo impostas a nós pelos grandes capitalistas e seus comparsas da classe política cujo intuito tem sido desmantelar os direitos da classe trabalhadora impondo a nós essa condição de sobrevida que, infelizmente, nossos filhos e alunos já sofrem a consequência. Como um primeiro passo, todos estes políticos deveriam receber o mesmo salário de uma professora.

 
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