Em uma votação que durou duas horas, se encerrando às 17h dessa quarta-feira, os vereadores de Porto Alegre arquivaram o processo de impeachment contra o prefeito Nelson Marchezan.
As galerias do plenário da Câmara Municipal de Porto Alegre estavam repletas de servidores municipais, em uma fortíssima greve contra os ataques do prefeito.
A esmagadora maioria, com 28 votos favoráveis ao arquivamento do processo e apenas 7 pela continuidade, deu carta branca para que Marchezan siga em seu cargo e continue atacando os direitos dos trabalhadores e do povo da capital gaúcha.
Mesmo que pela força da greve dos municipários os vereadores tenham acabado pedindo a retirada dos projetos de Marchezan, eles mostram que no fim estão unidos e com um mesmo fim, apenas com diferenças sobre como e quando fazer os ataques.
O líder do governo na Câmara, o vereador Moisés Barboza, afirmou que era "um pedido ridículo" o do impeachment, e seus assessores afirmam que a votação fortalece o prefeito na casa legislativa.
Marchezan divulgou ainda uma nota após a votação:
Os vereadores que votaram contra a admissibilidade nesta quarta-feira, 18, deram demonstração de responsabilidade perante os cidadãos porto-alegrenses. O pedido não tinha sustentação técnica ou jurídica, o que foi amplamente esclarecido pela prefeitura, e tão somente tinha o objetivo de desgaste político.
Seguirei trabalhando com máxima transparência e todo o empenho para enfrentar os desafios e entraves para que Porto Alegre recupere o patamar de equilíbrio financeiro e seja uma cidade próspera ao desenvolvimento social e econômico dos seus cidadãos.
Nelson Marchezan Júnior, Prefeito de Porto Alegre
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