Na última sexta- feira (06) uma mulher de 47 anos registrou um boletim de ocorrência na Delegacia de Proteção à Criança, Mulher e Idoso (Dpcami) de Joinville, denunciando que sofreu preconceito racial e de gênero no Centro Público de Atendimento ao Trabalhador (CEPAT).
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Pandora, como prefere ser chamada, relatou que estava no CEPAT de Joinville, no balcão, olhando por curiosidade uma lista de oportunidades de emprego quando um funcionário do local a abordou e, mesmo sem ela ter perguntado, disse: “Não tem nada para a limpeza”, “não tem nada para a cozinha” e “também não tem nada para costureira”.
A vítima possui formação em Design de Moda e Vestuário e informou indignada ao funcionário ter nível superior e, ao se sentir ofendida, procurou o setor de cursos do Cepat para denunciar. O coordenador informou em nome do órgão que tomaria “providências”, relata o boletim.
Casos como o de Pandora, são recorrentes e comuns de se ver no cotidiano. As mulheres negras sofrem com o racismo institucional ocupando os posto de trabalho mais precários, com os piores salários e condições e, mesmo quando não estão nessa posição, sofrem o racismo cotidianos e estarem presas ao estereótipo da trabalhadora doméstica. É mais do que urgente lutar contra o racismo que estereotipa as mulheres negras e as coloca nos empregos mais precários, combatendo o sistema capitalista que precisa dessa opressão para garantir seus lucros.
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