O anúncio de corte de ponto demonstra o medo que o governo tem da greve - precisa reprimir e intimidar os professores. O anúncio ocorre bem no dia em que milhares de professores, servidores, estudantes e apoiadores saíram às ruas nessa sexta-feira. O ato foi uma grande demonstração de forças dessa greve que vem se fortalecendo.
É preciso repudiar essa atitude do governo e denunciá-la como um verdadeiro ataque ao direito democrático de fazer greve. Sartori ainda apela demagogicamente para a comunidade escolar. Acontece que a greve vem mostrando como tanto a comunidade escolar quanto a população como um todo do estado vem apoiando essa importante luta.
Veja abaixo a nota emitida pelo governo às 16h30 pela página do facebook:
NOTA OFICIAL
Decisão de cortar o ponto de grevistas atende interesse público
Hoje, dia 29 de setembro, 47% dos servidores da Educação já receberam seus salários integralmente. Até o dia 11 de outubro, praticamente todos estarão quitados, assim como ocorre com a maioria dos trabalhadores em geral. Mesmo assim, com o apoio irresponsável da oposição, o Cpers decidiu manter a greve por período indeterminado.
Não chegamos a esta crise por vontade do atual governo. E para sair dela, precisamos de responsabilidade política e financeira, não de populismo e demagogia. Estamos fazendo todos os esforços para recuperar os serviços públicos e normalizar o pagamento dos servidores. O governo sempre manteve o diálogo e, nesta semana, anunciou o pagamento prioritário a quem ganha menos e a indenização pelos dias de atraso.
Alertamos a população para a tentativa de gerar tensão social, comandada justamente pelos atores políticos que agravaram a atual crise quando estavam no governo. Infelizmente, não estão preocupados com a educação, mas com seus próprios objetivos eleitorais.
Em virtude disso, tendo em vista o interesse público, não resta outra alternativa senão o corte do ponto dos grevistas. Conclamamos os professores a manter as aulas. Pedimos a colaboração dos pais e da comunidade escolar. A responsabilidade pela preservação do ano letivo é compartilhada por toda a sociedade. O governo do Estado segue aberto ao diálogo.
GOVERNO DO ESTADO DO RIO GRANDE DO SUL
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