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CRISE NA CATALUNHA
Chaves para entender a crise aberta na Catalunha
La Izquierda Diario

A escalada repressiva que se viveu na Catalunha colocou em dúvida a possibilidade de que se possa realizar o referendum de 1º de outubro. Como continua o processo pela independência?

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As medidas tomadas pelo governo do Estado Espanhol, tem colocado em dúvida a realização do referendum pela independência. Como desenvolver a mobilização para conquistar o direito a decidir? O papel da classe trabalhadora e os chamados para a greve geral. Como conseguir processos constituintes livres e soberanos onde se decida tudo? As respostas a essas perguntas chave sobre a situação atual.

Vídeo-análise: Onde vai a Catalunha?

O regime fundado com a constituição de 78, com uma clara continuidade da ditadura franquista, nega o direito a decidir, o direito a autodeterminação das nações que compõem o Estado Espanhol. Cabe a pergunta: o “roteiro” apresentado pela direção independentista catalã foi adequado para conseguir a realização do referendo?

O “roteiro” fundamenta-se na “desobediência institucional” e mobilizações limitadas, ainda que muitas sejam massivas como as Diadas, demonstraram ser insuficientes para garantir o referendo e enfrentar a ofensiva de Rajoy.

O único “roteiro” que pode derrotar a ofensiva atual contra o referendo seria um que apostasse no desenvolvimento de mobilizações baseadas em paralisações, assembléias e em erguer um potente movimento estudantil. Uma mobilização que mediante greves, colocasse a classe trabalhadora e os setores populares de pé para enfrentar o Estado Espanhol.

Era de se esperar que o PDCat e ERC não chamem a uma mobilização desse tipo. São dois partidos históricos da burguesia catalã e sua defesa do direito a autodeterminação nunca chegará ao ponto de colocar em marcha forças sociais que poderiam conquistar esse direito e avançar em resolver outras demandas sociais como o desemprego, a precariedade trabalhista , etc., que só se pode resolver tocando os interesses dos capitalistas a quem o PDCat representa. A esquerda política e sindical tem mantido uma subordinação ao “roteiro” apresentado pelo PDCat e ERC.

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A resposta a onda repressiva do Estado Espanhol está gerando uma grande movimentação social com mobilizações, uma importante resposta do movimento estudantil e inclusive de setores da classe trabalhadora começaram a intervir nessa crise. Um exemplo é o ocorrido na quinta-feira no porto de Barcelona onde os estivadores votaram em assembléia não prestar serviço aos barcos que foram instalados para alojar a polícia enviada pelo Estado Espanhol, pronta para participar na repressão. Estas ações mostram o potencial da classe trabalhadora para intervir na crise.

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Setores da esquerda sindical e da esquerda política, entre os quais esteve presente a CRT, acordaram trabalhar em conjunto para organizar o chamado à greve geral na semana seguinte ao 1 de outubro. Isso abre a possibilidade de apresentar um “roteiro” alternativo ao imposto pelas direções burguesas do independentismo catalão, que ponham em cena as reivindicações sociais. Junto a isso a CRT chama aos principais sindicatos a somar-se ao chamado à greve geral e abandonar sua política atual de virar a cara diante das mobilizações atuais.

É necessário debater qual é o programa de um novo “roteiro”, que mediante os métodos da classe trabalhadora enfrente essa ofensiva repressora, lutando para conquistar o direito a autodeterminação, ligando essas demandas a uma luta social contra os capitalistas e pelas demandas operárias e populares. Um programa que pode desatar a potência social da classe trabalhadora, soldar a aliança entre a classe operária e os setores populares do conjunto do Estado contra seu inimigo em comum. Uma aliança que permita que a classe trabalhadora de conjunto volte a tomar em suas mãos a bandeira do direito a autodeterminação.

Tradução: Zuca Falcão

 
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