Raquel Dodge foi anunciada por Temer em junho deste ano, uma nomeação que já prometia diferenças em relação à Janot e mudanças nos rumos da lava-jato, que segue golpeada. Na cerimônia de posse, nesta segunda, 18, Dodge fez um discurso contra a corrupção mas sequer citou a operação.

Afirmou que vai prezar pela “harmonia entre os poderes” como forma de dar estabilidade a nação, discurso que foi reafirmado por Temer, dizendo sobre a harmonia necessária entre o Ministério Público e o Poder executivo.

Janot que deixa um legado de 34 denúncias contra políticos ao STF, sendo duas envolvendo o presidente Michel Temer, nem chegou a ir na posse da nova procuradora-geral, que desde o início já deixa sinalizado que tomará rumos distintos em relação a lava-jato.

Segundo a Revista Época, Raquel já excluiu os integrantes da Lava-jato que são da PGR, como Rodrigo Telles e Fernando Antonio de Alencar, principais integrantes da operação e que estavam a frente de denunciar José Agripino, um dos aliados de Temer e presidente do DEM.

A Lava-Jato tomou a cena da conjuntura nacional com as "Dez Medidas de Combate a Corrupção" de Curitiba e o "Golpe dentro do Golpe" de Janot, que nós do Esquerda Diário viemos denunciando que seu objetivo nunca foi a de atacar a impunidade da casta política corrupta, ela é parte desse regime político e sempre buscou substituir um esquema de corrupção por outro, as suas duas principais medidas foram derrotadas, não conseguindo vencer Temer e respingando na credibilidade do próprio judiciário. Agora com a nova procuradora-geral, a lava-jato ganha novos rumos e pode seguir ainda mais ferida.

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