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RACISMO
Metrô de SP é conivente com racismo e demite funcionário
Redação

Valter Rocha Júnior, operador de estação da Praça da Árvore (Linha 1 - Azul), ha 15 anos trabalhando na empresa, foi demitido pelo Metrô de SP nessa sexta-feira a noite (15), após ter sido vítima de preconceito racial por usuário.

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Valter foi chamado de "macaco" por usuário, que ainda gesticulou outra agressão racista ao funcionário do Metrô.

Depois, o mesmo usuário foi até a estação Vila Mariana e alegou ter sido agredido fisicamente por Valter. Entretanto, o próprio usuário não formalizou nenhuma denúncia, demonstrando novamente sua intenção de prejudicar o funcionário.

Um mês depois do ocorrido a supervisão do Metrô nessa sexta-feira (15) demitiu Valter, alegando agressão física.

"O metrô ta naturalizando e apoiando toda violência contra nós funcionários, inclusive racismo", disse Valter Rocha sobre sua demissão.

Não é a primeira vez que Valter sofre racismo por parte do Metrô de SP. Em 2008 a chefia pediu que cortasse o seu cabelo por usar "dread locks". E recentemente sua promoção, após ter passado em concurso interno, foi colocada em risco sem nenhum tipo de motivo técnico.

Para Marília, demitida política da greve de 2014 e diretora do Sindicato dos Metroviários de SP, "A demissão é um absurdo! Assim como os demais companheiros demitidos em 2014 sabemos do sentimento de revolta que Valter está nesse momento. Ainda mais pelo caráter racista que está por trás da sua demissão. O metrô vem demitindo na prática 1 funcionário por semana. Antes já havia sido Tarciso técnico de manutenção, sob acusação de quebra de confiança e Heitor e Allan na estação Sé por participarem do protesto contra a terceirização. Sem contar as inúmeras demissões por baixa produtividade. Está demonstrado que o Metrô quer minar a categoria de todas as formas com essas práticas de intimidação, com o objetivo de deixar o caminho livre para a privatização de Alckmin. Todos nós temos que nos solidarizar com Valter, e fazer uma grande luta para reverter todas as demissões!"

Veja o depoimento de Francielton e Aguiar, metroviários negros, sobre mais esse caso de racismo e perseguição política no metrô

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