Com identidade preservada, G., que era fiscal de caixa, foi assassinada pelo ex-marido, Joacir, com pelo menos 3 tiros no peito na frente de seu filho de 5 anos, no entorno das 17h.
Num histórico de brigas entre a ex-esposa, porque Joacir chegava embriagado para ver seu filho, ele baseou os motivos de assassinar G. na frente do próprio menino, no Parque Valença. G. e Joacir eram separados, e ela estava em outro relacionamento.
“Me espere pra ver o que acontece” foi a mensagem deixada por Joacir no Whatsapp de G., segundo seu atual companheiro registrou em Boletim de Ocorrência. Na tentativa de levar o filho consigo e diante da recusa de G., Joacir sacou o revólver e atirou em G.
Depois de um início de 2017 marcado pelo assassinato de Isamara e mais 8 mulheres por seu ex-companheiro, mais um caso de feminicídio entra nos registros de Campinas. Isso acontece numa cidade em que vereadores como Campos Filho e Cid Ferreira defendem o fim da discussão de gênero e sexualidade na Câmara e, principalmente, nas escolas.
Quantas outras vezes nos veremos obrigadas a clamar por nossas vidas no grito de Nenhuma a Menos? Diante de atrocidades fascistas que vimos nos EUA nesse fim de semana e da presença constante de Isamara e G. nas nossas memórias é que rugimos todos os dias por nossas vidas, mas não só pelo direito ao pão básico cotidiano, e sim pelas rosas também. Nós vamos lutar, as ruas ocupar e todas as mulheres assassinadas nós vamos vingar!
Isamara, PRESENTE!
G., PRESENTE!
Fonte: RAC
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