(à esquerda Marcelo Caetano, o secretário de Previdência do Ministério da Fazenda)
Temer vem tentando sinalizar uma espécie de “facilitador” para encaminhar a Reforma da Previdência na Câmara, que convença sua base a votar por esse profundo ataque, às vésperas de ano eleitoral.
O presidente fala agora em aprovar a “reforma possível”, tendo como mínima a aprovação do aumento da idade mínima para aposentadoria, 65 para homens e 62 às mulheres, e uma demagogia de “corte de privilégios”, que significará em perda de direitos de uma ampla camada do funcionalismo, enquanto o alto escalão mal sentirá o cheiro desse ataque podre à aposentadoria dos trabalhadores.
Seu secretário de Previdência do Ministério da Fazenda, Marcelo Caetano, por outro lado, defende que se discuta o texto aprovado na comissão especial da Câmara, que fez algumas alterações pontuais no projeto original. Admitiu ser essencial aumentar a idade mínima ao ponto dos trabalhadores se aposentarem perto ou depois da morte, mas também que as contas públicas precisam ser pagas ou retirando “despesas” (nossos direitos), ou aumentando a receita (aumentando impostos).
“Ficar só com a idade mínima fica uma reforma que é insuficiente”, insistiu. Nos últimos meses, cresceu a ideia entre os parlamentares de fatiar a reforma e aprovar agora somente a idade mínima e deixar o resto das mudanças para o primeiro ano de governo do próximo presidente.
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