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TEMER NO ESTADÃO
Discurso hipócrita de Temer fala de "nenhum direito a menos" após rasgar a CLT
Vanessa Duarte

Em nota divulgada pelo Estadão nesta quinta-feira, 13, Michel Temer ultrapassa todos os limites do cinismo e mau-caratismo ao exaltar a Reforma Trabalhista aprovada nesta terça-feira.

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Na nota, o golpista afirma categoricamente que a reforma beneficiará o trabalhador, que nenhum direito será retirado e que a reforma garante melhores condições aos trabalhadores, que serão obrigados a reconhecer no futuro os benefícios do esforços concedidos a longo prazo.

O que Temer chama de conquista é um dos maiores retrocessos desde a elaboração da Constituição de 88 tutelada por militares, e, em pleno século 21, seremos obrigados a retroceder em condições de empregos que já eram muito recuadas. Como bem ele diz, a discussão acerca da aprovação da reforma é uma discussão política e ideológica, e sabemos o que isso significa: um avanço dos grande políticos e empresários sobre os trabalhadores para jogar o peso desta histórica crise econômica nas nossa costas e garantir que eles próprios não sejam afetados.

Temer recorre aos grandes jornais e à grande mídia para fazer um trabalho ideológico de convencer os trabalhadores, como por exemplo em matéria feita pela Rede Globo esta semana que continha os dizeres: “Alguém com 65 anos, saudável e em plena atividade, ainda deve ser chamado de idoso?”, insinuando que somos capazes de aguentar jornadas de trabalho normais independente de nossa idade, desrespeitando totalmente as nossas condições físicas.

Veja mais: Globo comemora Reforma Trabalhista: 65 anos é idade para trabalhar

Exemplo disso também é o absurda legalização, através desta reforma, de que mulheres grávidas sejam expostas a situações de insalubridade nos locais de trabalho, precisando a grávida comprovar através de uma séries de exames (que, pelo sistema público de saúde, como bem sabemos, demoram muito) e burocracias para conseguir melhores condições de emprego. Com a reforma, somente em situações de extrema insalubridade essas mulheres podem ser atendidas, colocando em risco a vida da mãe e do bebê.

Veja também: Diana Assunção fala sobre o ataque da Reforma Trabalhista às mulheres grávidas

Como num verdadeiro show de demagogia para espectadores sádicos, o presidente golpista acha que engana alguém. Afirma que esta medida levada adiante e aprovada por um punhado de políticos e empresários é uma medida “consensual” (só se for entre aqueles que nunca na vida precisaram trabalhar!), que permitirá mais “diálogo” entre os empresários e os trabalhadores, e que “sua obsessão é melhorar a vida do trabalhador”.

Este discurso deve servir para nos munir de muito ódio contra toda esta casta parasitária de políticos que, como de maneira sádica e caricata, se delicia ao ver nossos direitos escorrendo pelo ralo, fazendo um discurso tão cínico que por vezes chega a parecer uma propositalmente uma piada (de mau gosto).

Tudo isso nos aponta que não há outra saída a não ser construir uma greve geral muito maior do que foi o dia 28 de abril, exigindo que centrais como CUT e CTB convoquem e organizem imediatamente um novo dia de greve geral em todo o país. Transformemos esta revolta em resistência e organização de base, levando essas discussões para nossos locais de estudo e trabalho, convencendo a todos da necessidade de uma greve geral, organizando comitês e exigindo assembleias, com o objetivo derrubar estas e outras reformas, e derrubar o governo golpista de Temer.

 
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