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CRISE RIO DE JANEIRO
Farra com jogos olímpicos no Rio custou mais de R$ 41 bilhões
Redação

Os custos totais do grande evento de 2016 chegaram a R$41,03 bi. Enquanto isso, no Rio de Janeiro, 207 mil servidores seguem sem previsão de pagamento do salário de abril.

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Foi divulgada nesta quarta-feira (com quase dez meses de atraso e um aumento de R$137,4 milhões desde a versão anterior) a sexta e última versão da Matriz de Responsabilidades dos Jogos Olímpicos do Rio-2016. Com os novos dados, os custos totais do grande evento realizado no ano passado no Brasil chegaram a R$ 41,03 bilhões.

A atualização divulgada nesta quarta representa apenas os gastos com obras voltadas às instalações olímpicas. Para tanto, foram desembolsados R$ 7,23 bilhões. Na penúltima versão da Matriz de Responsabilidades, esse valor era de R$ 7,09 bi.

"A diferença, na sua grande maioria, se refere a despesas de custeio, água, luz. Tínhamos uma previsão e agora temos um número correto", afirmou Paulo Márcio Dias Mello, presidente da Autoridade de Governança do Legado Olímpico (AGLO), órgão vinculado ao Ministério do Esporte responsável por gerenciar as estruturas olímpicas utilizadas nos Jogos do Rio.

Além dos R$ 7,23 bilhões, outros R$ 9,2 bilhões foram consumidos pelo Comitê Rio-2016 e R$ 24,6 bilhões com obras que o governo qualificou como de “legado” e estão relacionados à infraestrutura da capital fluminense. Assim, na soma total de valores, os Jogos Olímpicos do Rio-2016 consumiram R$ 41,03 bilhões.

Como “legado” das Olimpíadas no Rio de Janeiro fica o gasto bilionário, somado à forte crise que assola o Estado. Agora em junho, 207 mil servidores seguem esperando posicionamento em relação ao salário de abril, que ainda não foi pago. A UERJ está quebrada, o desemprego aumenta, e a farsa da guerra às drogas segue matando nas favelas.

A crise instalada no Rio precisa ser respondida com uma proposta real pegando o problema de fundo, que ataque os verdadeiros culpados por ela. O não pagamento da dívida pública é fundamental para que o dinheiro público sirva às necessidades da população, e não ao lucro dos empresários e das empreiteiras que superfaturam obras magnânimas enquanto os trabalhadores do Rio de Janeiro pagam por uma crise que não criaram.

 
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