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PRIVILÉGIOS
MPF garante multa irrisória e um quarto de século para JBS pagar por corrupção
Matheus Correia
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A leniência, entre a administração pública e empresas privadas, do Ministério Público e a J&F (holding que controla JBS) proposta inicialmente em 11,2 bilhões, chegou ontem a 10,3 bilhões, que poderá ser parcelado em 25 anos.

Após as delações que revelaram as fraudes cometidas pelos irmãos Joesley e Wesley Batista, a JBS tem pela frente uma maratona de processos e investigações que pode culminar na cobrança de mais de R$ 31 bilhões da empresa no Brasil - resultado da aplicação de potenciais sanções, multas e ressarcimentos, além de dívidas fiscais. A cifra supera o valor de mercado do frigorífico de R$ 21 bilhões, e também é três vezes maior que o volume de recursos em caixa, de R$ 10,7 bilhões.

Nessa conta está o acordo entre o Ministério Público e a J&F de 11,2 bilhões de reais, fruto das acusações de ganhos com a valorização do dólar após divulgação das delações e também por sonegação fiscal com a suposta geração de ágio artificial na fusão com o grupo Bertin.

Considerado como uma das maiores somas da história, valor ainda é irrisório se comparado ao seu lucro de R$ 4,64 bilhões em 2015. E apesar da grande queda do lucro em 2016, R$ 376 milhões, a JBS já está revertendo seus prejuízos com lucro de R$ 694 milhões no quarto trimestre do ano passado.

Considerada por muito tempo enquanto a Campeã Nacional das empresas, a JBS ela sustenta esse troféu a partir de ser a empresa em que ocorre os maiores casos de acidente do trabalho, com demissão de funcionários como Andreia Pires do MRT que lutam contra a precarização. Além dos casos de corrupção que jorram na mídia.

Os 25 anos, ou um quarto de século, oferecidos pelo Ministério Público, além da multa irrisória se comparada aos lucros da JBS, mostram bem a quem governa a nossa justiça. Enquanto mulheres negras são julgadas a 3 anos de prisão por roubarem ovos de páscoa do supermercado, as grandes multinacionais conseguem acordos para pagar suas dívidas de forma suave e tranquila. Nada mais justo que a estatização da JBS sobre controle dos trabalhadores, para acabar com o trabalho precário e a corrupção.

 
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