No dia 26/05, servidores municipais retiraram à força usuários da cracolândia, com a ajuda de guardas civis. A autorização foi feita por uma liminar expedida pelo juiz Emílio Migliano Neto. Em seguida, poderia ser pedida a internação à Justiça.
O Tribunal de Justiça de São Paulo derrubou a liminar no domingo (28), pois avaliou que a ação era precipitada já que o município não havia se preparado para o atendimento dos usuários. O caso será julgado por desembargadores.
Todo esse movimento consistiu em uma manobra por parte da prefeitura de Dória, que anexou outra solicitação no meio da ação que já corria sob a tutela do magistrado Migliano Neto, juiz que é conhecido por ser linha-dura e que já havia se encontrado com o tucano antes. A manobra é permitida por lei, mas impediu o sorteio de outro juiz para o caso. Com isso, Dória sabia antecipadamente quem julgaria sua ação. Um jogo de cartas marcadas.
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