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28A
A greve geral e o ocupa brasília pelo olhar de um secundarista
Gabriel Felipe
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No último dia 28 de abril todos nós presenciamos momentos atípicos em nosso país. Para a maioria uma mostra ainda sim pequena da capacidade de união da classe trabalhadora, presenciamos uma paralisação. A mesma de força inigualável aos níveis de comoção de costume aqui no Brasil.

Também presenciamos uma mídia golpista raivosa e faminta para engolir qualquer representação de força e resistência presente nos atos espalhados pelas ruas dos centros das cidades, aeroportos, rodoviárias e rodovias.

Mesmo com tamanho esforço para abafar e silenciar a luta, através de repressões políciais violentas e uma manipuladora e tendenciosa “cobertura” por meio dos veículos tradicionais midiáticos, o desejo em cada fábrica, escola estadual e municipal, universidade particular, estadual ou federal era e é por mudanças, não reformas nem curas em para estrutura doente, mas sim revolução.

Mas o que há após o 28 de abril? Em que ideias podemos assegurar uma luta consistente, que não pare nas manifestações do dia 28, como se todo o ocorrido fosse apenas uma atitude isolada, do que a mídia golpista vende para a grande massa como apenas uma ação de vândalos que querem o caos instalado na cidade?

É necessário que centrais sindicais como CUT e CTB valorizem a participação dos trabalhadores na luta, apenas a classe trabalhadora pode protagonizar a sua luta, para que isso aconteça é primordial o trabalho de base para que a nossa luta não fique restrita aos muros de escolas, sindicatos e universidades.

As tentativas incansáveis do governo golpista de minar nossos direitos com Reformas Trabalhistas e na Previdência devem ser de conhecimento dos professores aos camelôs. Eles são incansáveis nas tentativas de terceirizar, privatizar e escravizar a classe trabalhadora, então a classe trabalhadora deve ser unida e incansável para derrubar essas reformas, compreendendo que a nossa luta não deve está restrita a uma sexta-feira de abril.

Mais do que nunca é preciso identificar os acontecimentos do dia 28, como o princípio das muitas lutas que ainda nos esperam, uma porta para em breve termos não só uma prova da força da classe trabalhadora, mas uma verdadeira Greve Geral com tempo indeterminado para acabar.

Muitos de nós não é o suficiente e um milhão não é o bastante. Precisamos do Brasil todo mobilizado em favor dos direitos dos seus filhos, netos e sobrinhos, e precisamos levar a todos a compreensão que essa é uma luta com forte contexto histórico, onde o contexto político estar intimamente ligado a nada mais nada menos que uma luta da senzala contra os abusos da Casa Grande.

Não podemos esquecer também do acúmulo de ataques aos trabalhadores, no atraso e até mesmo o não pagamento dos salários dos servidores e terceirizados, onde eles culpam uma crise que foi arquitetada para agilizar o sucateamento de universidades, hospitais e escolas públicas, afim de privatizar os mesmos. A mídia golpista tem claro e importante papel em um processo de alienação da população com o objetivo de convencer a grande massa que é natural o papel de pagar a dívida pública que está sendo empurrado para o colo da classe trabalhadora.

Já faz tempo que o abandono do estado não se restringe mais apenas as paredes dos barracos nas favelas, atingindo os mais variados níveis da classe trabalhadora.

Esse papel que a mídia tradicional empenha citado acima, se manifestou da forma mais sórdida possível nas intensas tentativas de aterrorizar os trabalhadores para que os mesmos fossem contra a paralisação e não se manifestassem, fazendo os mesmos enxergarem os atos como algo negativo, e até mesmo como uma limitação do seu direito de ir e vir e ignorar o ideal principalmente que era justamente preservar os direitos da massa.

Em outras palavras o que houve no dia 28 foi uma perseguição midiática e política aos atos, que se manifestou em um terrorismo implantados pelos meios de comunicação golpista e um esvaziamento do significado da paralisação.

Enquanto estudante não sei que país estamos construindo, mas sei qual estamos destruindo se não reivindicarmos e lutarmos pelos nossos direitos, estamos destruindo um país que um dia seria feito por todos e para todos, e se não lutarmos vamos permitir que o patrão faça como fez com nossos avós e fortaleça sob nossas cabeças cada vez mais os alicerces de um país que é feito por ricos para os ricos.

Mais do que nunca temos que começar algo grande sem a previsão de parar, algo que tenha um pouco de cada trabalhador, algo que não está disposto a esperar até 2018 para que a diferença aconteça, esse algo é um pouco do que vimos no dia 28 de abril.

Mais do que nunca as centrais sindicais devem fazer hoje o que muitos acreditam que vai acontecer em 2018, não tem como esperar, o trabalho de base deve ser feito e o diálogo deve ser mantido com a classe trabalhadora, não é o estado que deve decidir os rumos da nossa luta, nossa luta que deve decidir os rumos do estado.

Chega de um governo que tem menos de 5% de aprovação, chega de privilégios para os políticos, mais do que nunca as centrais sindicais devem dar peso para a ida a Brasília, vamos ocupar o nosso espaço dia 24, nossa luta tem que ocupar Brasília, dia 24 tem que ser nosso dia.

Temos que ocupar as ruas desse país com manifestações e com o espírito de luta que deve ser motivado no íntimo de cada trabalhador, temos que compreender que o ato em Brasília (dia 24 de maio) é um novo passo para uma nova Greve Geral organizada em comitês organizado em cada espaço, junto aos trabalhadores e a juventude. Que a greve se mantenha viva, até esse governo golpista cair.

Se ainda existir um pouco do dia 28 dentro de cada um de nós, teremos mais do que o suficiente para conquistarmos o país que almejamos.

 
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