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Enquanto adoecemos, 1158 unidades novas de saúde estão fechadas no Brasil
Flávia Telles

Mesmo com toda a crise da saúde, que toda a população conhece bem, com enormes filas para atendimentos e exames, são mais de 1158 unidades de saúde novas, que estão com suas portas fechadas para o atendimento, garantindo apenas o desperdício de dinheiro público, já que as obras estão se deteriorando, sem nenhuma utilidade.

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Segundo dados do próprio Ministério da Saúde, são mais de 165 UPAs e 993 unidades básicas de saúde, as chamadas UBSs, que ainda não foram inauguradas, e equipamentos novos que sequer saíram das caixas. Mauro Junqueira, presidente do Conselho Nacional de Secretarias Municipais de Saúde (Conasems),disse ao Estadão que isso ocorreu porque a partir de 2008, o ministério da saúde determinou a construção de novas unidades, sem nem se preocupar com a real necessidade dos municípios.

Formou-se então, verdadeiros elefantes brancos em alguns lugares, o que beneficia apenas as construtoras. Para “resolver” a situação, o novo ministro golpista da saúde, disse que tem economizado recursos para abrir as novas unidades, e flexibilizou desde dezembro o número mínimo de funcionário para as UPAs abrirem suas portas, ou seja, mesmo que as unidades venham a funcionar, será a custo de contingenciamento de gastos e ainda mais precarização da vida dos trabalhadores da saúde e do atendimento à população.

Para se ter ideia do impacto que a abertura dessas unidades teria no atendimento, o Brasil tem hoje 538 UPAs, e 40 mil UBSs em funcionamento, imagina o que poderia significar mais 165 UPAs e quase mil UBSs abertas e com atendimento em mais bairros? Mas o que podemos esperar da saúde pública, num momento em que o governo golpista de Temer aprovou a PEC do fim do mundo, que vai significar congelamento de gastos para saúde, ou as próprias reformas da previdência, trabalhista e a terceirização irrestrita, que na prática significa trabalhar mais, com menos condições, mais riscos de adoecer, e ainda não ter direito a se aposentar, e quando ficar doente não ter direito à um atendimento de qualidade, como já não temos atualmente, mas que se aprofunda ainda mais a deterioração dos serviços públicos?

Os trabalhadores sabem que a intenção do atual governo é precarizar ainda mais, do que já foi os anos do PT, os serviços públicos, querem vender todos nossos direitos, com ataques atrás de ataques. Por isso também nos levantamos no ultimo dia 28, com diversas paralisações em todo o Brasil e mostramos ao governo golpista que não vamos aceitar as reformas, porque não queremos mais que nossas vidas valham menos do que os lucros e as vontades dos ricos e poderosos. Enquanto adoecemos, os políticos e os capitalistas vivem regados a privilégios, enquanto adoecemos,Temer e os seus preparam um futuro de miséria para os trabalhadores e a juventude. Mas o dia 28 foi só um pouco do que a poderosa classe trabalhadora brasileira pode fazer quando decide se levantar.

Por isso, nós do esquerda diário, defendemos que os trabalhadores e a juventude se levantem agora com ainda mais força, formando comitês em cada local de trabalho e bairro, para preparar uma greve geral até derrubar as reformas e Temer, e que assim tomemos a política nas nossas mãos. Cada um de nós, a partir das nossas necessidades pode decidir os rumos que a nossa política tem que tomar, impondo um novo processo constituinte, onde possamos dizer que basta dos privilégios dos políticos, basta de uma vida de regalias para eles e de miséria para nós. Queremos mudar as regras do jogo, queremos ter direito à uma saúde, educação, transporte, moradia, de qualidade, e isso só será possível se enfrentarmos os interesses dos que só querem lucrar ao custo das nossas vidas, se fizermos com que eles paguem pela crise que criaram.

 
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