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REFORMA TRABALHISTA
Daniel Vilela e Rogério Marinho: conheça os deputados que querem tirar seus direitos
Daphnae Helena
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Rogério Marinho, deputado federal pelo PSDB (RN) é o relator do projeto de Reforma Trabalhista que modifica mais de 100 dos 922 artigos que possui a CLT (Consolidação das Leis Trabalhistas). Daniel Vilela, deputado federal pelo PMDB (GO) é o presidente da Comissão Especial da Reforma Trabalhista. Ambos deputados defendem o projeto de lei de reforma trabalhista que sob o discurso de ‘modernizar’ as relações de trabalho, querem acabar com os direitos trabalhistas assegurados pelas leis brasileiras.

O deputado Daniel Vilela, goiano, cuja família também é parte da política no estado, é a promessa do PMDB para as próximas eleições a governador de Goiás. Seu nome foi citado na lista Fachin, junto com o do seu pai Maguito Vilela, como recebedor da quantia de R$1 milhão da empresa Odebrecht para sua campanha em Goiás.

O deputado que quer cortar o direito dos trabalhadores foi o mesmo cujo projeto de Lei das Telecomunicações aprovado, deu a isenção de milhões de reais para a empresa de telecomunicações “Oi”, fato que apareceu na manchete de diversos jornais, no momento em que o governo Temer mais falava em corte de gasto público, sancionou a lei que perdoava parte das dívidas da empresa “Oi”.

Além disso, Daniel Vilela foi o deputado que em 2015 relatou a Medida Provisória que instituiu o Programa de Proteção ao Emprego (PPE) que previa redução de jornada de trabalho com redução de salários, um grande ataque aos trabalhadores, em especial do setor industrial do país. Ou seja, seu histórico de ataque aos direitos trabalhistas e de favorecimento das grandes empresas não vem de hoje.

O deputado Rogério Marinho, eleito pelo PSDB do Rio Grande do Norte, também é citado na lista Fachin como receptor de dinheiro vindo da Odebrecht. Rogério Marinho vem sendo reconhecido na mídia como o principal defensor da reforma trabalhista, num projeto que modifica 117 artigos dos 922 da CLT, recentemente compareceu ao Roda Viva para discutir as alterações nas legislações trabalhistas e se envolveu em debate com o juiz do trabalho Jorge Luiz Souto Maior.

Mas a lista de projetos bizarros deste deputado não para por aí, ele foi o relator do projeto de lei cujo objetivo era tipificar como crime o “assédio ideológico”, em referência a atitude de professores e coordenadores “doutrinadores”. Este deputado é defensor do projeto Escola Sem Partido, em suas palavras em sessão da câmara “a necessidade de um programa como o Escola sem Partido é evidente. Não podemos mais nos calar com relação aos absurdos que são cometidos todos os dias em sala de aula”. E sobre o seu projeto diz “No início do ano passado, fiz uma provocação em plenário. Apresentei o Projeto de Lei nº 1.411, de 2015, que tipifica o crime de assédio ideológico. O nosso objetivo, que foi cumprido, era provocar o debate e combater doutrinadores que insistem em agredir diuturnamente crianças brasileiras e deseducá-las.

De forma estratégica, vou retirar esse meu projeto de criminalização do assédio ideológico, para concentrar esforços e energias no projeto de lei da Escola Sem Partido - sobre o qual, inclusive, está havendo agora uma Comissão -, para que ele passe pelo Congresso e se torne um meio eficaz de combate à doutrinação nas escolas”.

 
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