Segundo o Estadão, o fundo poderá inclusive ser negociado na bolsa de valores. A prefeitura de Dória pretende ainda enviar à Câmara Municipal um projeto de lei, a ser votado em maio, que visa ampliar esse processo de desestatização.
O secretário municipal de Desestatização e Parcerias, Wilson Poit, alega que essa medida atingirá imóveis em desuso, mas sabe se que isso faz parte de um projeto privatista que mira desde os parques até o serviço funerário. O fato dos imóveis estarem "ociosos" é responsabilidade única da prefeitura dar-lhes um uso, como por criar moradias populares para os inúmeros de paulistas sem sem-teto, ao invés de optar pela lógica higienista de mandar policiais agredirem e roubarem os pertences dos moradores de rua.
Desde sua campanha no ano passado, Dória vem oferecendo o patrimônio municipal de São Paulo ao capital privado. Em fevereiro, o prefeito participou de um evento que reuniu investidores e governantes nos Emirados Árabes onde ele fez uma propaganda de venda dos bens públicos da cidade como o Autódromo de Interlagos, o Anhembi, o Estádio do Pacaembu, parques municipais, mercados municipais, terminais de ônibus, o sistema do bilhete único, o serviço funerário, o serviço de iluminação pública e os imóveis do município.
Essa venda dos mais de mil imóveis “no atacado” pela gestão Dória para gerar um fundo de garantia faz parte desse projeto de tornar a cidade mais atrativa para o investimento privado pra que se possa privatizar o máximo possível. Serão novas concessões, privatizações ou PPPs, dependendo do que for mais rentável, segundo o prefeito.
Assim como no governo federal do golpista Michel Temer, os serviços públicos municipais, de direito da população, serão entregues por Dória aos capitalistas em detrimento dos trabalhadores e de quem necessita desses serviços.
|