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PARALISAÇÃO 15 DE MARÇO
15M mostra força pra derrotar ataques construindo greve geral
Diana Assunção
São Paulo | @dianaassuncaoED
Felipe Guarnieri
Diretor do Sindicato dos Metroviarios de SP
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Nesse final de tarde todas capitais foram chacoalhadas por grandes atos contra a reforma da previdência. O dia começou com diversas categorias cruzando os braços para mostrar que não vão aceitar facilmente esse ataque, mostrando toda a vontade de luta dos trabalhadores, com destaque aos professores e trabalhadores do transporte e que contou com adesão de dezenas de outras categorias.

Os trabalhadores cruzaram os braços e tomaram as ruas se enfrentando com os ataques do governo golpista de Temer. Um governo colocado no poder graças ao judiciário, à mídia e aos parlamentares, que tenta implementar um plano de "ponte para o futuro" para que trabalhemos até morrer, que regulamente jornadas de trabalho de 12hs, generalize a terceirização e ainda que estabeleça uma visão que todo o papel das mulheres resume-se a estar no lar.

Hoje, o grito em defesa da aposentadoria de todos trabalhadores foi escutado em todo país. A força do grito foi em primeiro lugar das professoras e professores que entraram em greve em vários lugares do país e só não fizeram isso em São Paulo graças a direção da CUT. O dia de hoje também esteve marcado pela ação dos rodoviários e metroviários que pararam diversas cidades como São Paulo, Curitiba, entre outras.

O apoio popular às paralisações e a forte presença nas manifestações que reuniram dezenas de milhares em algumas cidades e até mesmo mais de cem mil em São Paulo, mostram uma disposição de luta que pode derrotar Temer, o Congresso e os capitalistas.

Essa grande força social pode dobrar os golpistas e os ataques. Para isso é necessário impor um verdadeiro plano de lutas às centrais sindicais para construir ainda esse mês uma greve geral. Um plano de luta construído por assembleias de base e eleição de delegados, para que os trabalhadores coordenem suas ações e sua força contra o golpista Temer e os capitalistas.

A força das paralisações e das manifestações de hoje ocorreram apesar das centrais sindicais que não construíram em todos esses meses nenhuma resistência a diversos ataques. Hoje os trabalhadores mostraram que é possível enfrentar os ataques mas para fazer isso consequentemente é necessário desenvolver uma luta consequente, a unidade dos trabalhadores e enfrentar os empresários. Isso é o contrário do que quer Lula. Não podemos permitir que a força dos trabalhadores vire um palanque para Lula, um palanque para a conciliação com os empresários, com os Sarney, Malufs e toda podre elite brasileira como Lula sempre defendeu.

Na Paulista, para grevistas e manifestantes, Lula falou como é possível não atacar a previdência, mas ele o fez quando era governo. Falou com sua costumeira retórica denunciando que o governo Temer é um governo sem voto. Porém, poucos dias atrás o mesmo Lula falava para a imprensa como somente um governo eleito pode ter legitimidade pra fazer uma reforma da previdência. Lula ilustra, como sempre, um duplo discurso. Mas o objetivo fundamental é sempre mostrar como ele é uma alternativa para os empresários, como sempre orgulhosamente fez.

As centrais sindicais alinhadas ao PT buscam segurar a vontade de luta dos trabalhadores e conduzi-la a esporádicas manifestações mas sobretudo às urnas e seu canto de “Lula Lá”. As direções ligadas ao PT buscaram fazer que as manifestações tivessem como uma de suas principais reivindicações as “Diretas Já” para cumprir exatamente esse objetivo e não permitir que os trabalhadores em luta possam questionar todo esse podre regime político que nos ataca as aposentadorias, a saúde a educação e é carcomido pela corrupção.

Assim que nós do MRT (Movimento Revolucionário dos Trabalhadores) viemos atuando em cada lugar de trabalho e estudo que estamos, paralisando escolas, fazendo um grande corte de rua na USP, nos piquetes de metroviários e rodoviários no país. Em cada lugar chamando a luta e a necessidade das centrais sindicais romperem sua passividade frente ao governo para unificar as categorias em um grande plano de luta que construa uma greve geral real e avance em barrar os ataques e impor uma Assembleia Constituinte Livre e Soberana que questione esse regime podre, de corrupção e cortes aos direitos dos trabalhadores e da população. Que os capitalistas paguem pela crise!

 
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